Crítica | O Bom Dinossauro

Lançado na sombra do espetacular Divertida Mente e enfrentando diversos problemas de produção, O Bom Dinossauro não obteve o lucro que a Pixar imaginava e não convenceu boa parte do público e da crítica. Apesar de não investir em originalidade e de não possuir o ar adulto da maioria das animações do estúdio, me vi completamente encantado pela história de Arlo, um dinossauro que não nasceu com as mesmas aptidões dos irmãos.

Talvez o único aspecto criativo de O Bom Dinossauro esteja na concepção do mundo em que a história se passa. A Terra não foi atingida por meteoro algum, permitindo que esses animais evoluíssem, inclusive desenvolvendo a capacidade de cultivar o solo.

Arlo é um dinossauro pequeno e medroso. Ele se preocupa por ser incapaz de fazer o que o seu irmão e sua irmã conseguem. Ele precisa deixar a sua marca, mas não sabe como. As adversidades da vida vão obrigá-lo a amadurecer rápido. A jornada é árdua e perigosa, mas é possível encontrar ajuda na forma de um improvável companheiro.

Como podemos notar, trata-se de uma trama simples e já vista outras vezes.

Não importa. O Bom Dinossauro nos brinda com cenários realistas e sequências belíssimas, como os vaga-lumes no campo e a aproximação de dois seres diferentes que compartilham de perdas semelhantes. A emoção aparece de maneira honesta e irresistível.

Tenho dificuldades para entender as críticas negativas que essa animação recebeu. Particularmente, considero algo positivo quando em 90 minutos dentro do cinema experimento boas doses de diversão, mensagens positivas e algumas lágrimas sinceras.

** Esta foi a primeira vez que a Pixar lançou dois filmes no mesmo ano.

*** Classificação ***

Título original: The Good Dinosaur
Ano: 2015
Duração: 93 minutos
Diretor: Peter Sohn
Roteiro: Bob Peterson, Peter Sohn
Gênero: Animação/Aventura/Comédia
Elenco: Vozes de Jeffrey Wright, Frances McDormand, Raymond Ochoa
Info: IMDb