Crítica | The Vaccines – Pick-Up Full of Pink Carnations

Poucos álbuns estiveram tão presentes em minhas playlists da década passada como What Did You Expect from the Vaccines?. É um tanto exagerado dizer que me tornei fã do The Vaccines, mas a verdade é que acompanhei cada lançamento dos londrinos com boas expectativas. E foi com grande prazer que escutei Pick-Up Full of Pink Carnations, um competente retorno às origens.

Não que o álbum anterior não tivesse suas qualidades. Back in Love mostrou que eles podem arriscar de vez em quando, mas a banda claramente se sente mais confortável com o indie rock e o indie pop com foco nas guitarras. É o que o The Vaccines oferece em Pick-Up Full of Pink Carnations.

Mas há também um tempero nostálgico com elementos que remetem aos anos 1960 e 1970 e um tom mais ameno e esperançoso nas letras. Ás vezes elas chegam a emanar uma positividade contagiante, algo sempre bem-vindo em um mundo cada vez mais cínico. Tudo isso entregue com refrãos inspirados e que devem soar bem ao vivo.

Sometimes, I Swear e Lunar Eclipse são alguns dos pontos altos e exemplificam como a banda pode seguir uma fórmula e chegar em ótimos resultados. Discount De Kooning em alguns momentos soa como The Killers e também se destaca.

São pouco mais de 30 minutos despretensiosos e de boa energia, com um The Vaccines fazendo o básico sem medo de serem felizes.