Review | Blazing Chrome (2019)

Review | Blazing Chrome (2019)

Blazing Chrome, produzido pelo estúdio brasileiro JoyMasher, é mais um jogo indie que mistura nostalgia e homenagem aos games de tiro em 2D, especialmente a franquia Contra da Konami. Ele se junta a outras produções independentes como “Biolab Wars”, também de 2019, ao manter vivo esse gênero que pode levar muitos jogadores a passar muita raiva, só que obviamente também com muita diversão inclusa.

A premissa de Blazing Chrome é bem simples e estamos em um mundo distópico onde as máquinas tomaram o controle do planeta e cabe a missão de salvar a Terra para a soldado Mavra, que inicialmente conta também com a ajuda do robô Dolye, que foi hackeado para ficar “do bem”. Eles são os personagens jogáveis no início, mas após concluir o game no modo normal são desbloqueados o ninja Raijiun e a guerreira Suhaila, ambos que utilizam espadas no lugar de armas de tiro no combate.

São ao todo 6 fases, mas inicialmente temos apenas 4 e Blazing Chrome surpreende ao dar ao jogador a opção de em qual ordem jogar. Cada uma delas apresenta no mapa informações sobre o nível de dificuldade, então no início o caminho mais fácil é começar pela fase de nível 1.

Ainda mais que vale lembrar que o nível de dificuldade do game da JoyMasher reproduz muito bem o que foi visto na geração de 8 e 16 bits em jogos da franquia Contra. Ou seja, ao levar um tiro você perde uma vida. No entanto, para que Blazing Chrome não afaste tanto os jogadores da geração mais atual, apesar de ter um número de vidas limitados (no modo normal são 5), existem continues infinitos, só que ao usá-lo você volta para o início da sub-fase. Sim, temos mais essa “facilidade”, pois os níveis são divididos em sub-níveis, assim ao perder todas as vidas não é necessário voltar para o começo de tudo e sim de apenas uma parte.

Isso faz com que o jogo mantenha seu nível de dificuldade clássico do gênero, mas deixando-o um pouco mais tranquilo. É claro que ainda assim terminar as fases, e o game, não vai ser uma tarefa fácil. Dessa forma, será necessário morrer e tentar algumas vezes até aprender a melhor maneira de conseguir concluir.

Durante as fases, apesar de manter o estilo tradicional de side-scrolling em 2D da esquerda para a direita, Blazing Chrome apresenta algumas surpresas em alguns níveis. Um dos mais curiosos é que após terminar o game é desbloqueado um “modo espelho”, onde agora o jogador vai da direita para a esquerda.

Além disso, temos o uso de uma “moto” voadora, que já foi visto em outros games do gênero, por exemplo, ou um robô que tem uma barra de vida. No entanto, uma parte legal é quando vemos o ponto de vista em 1ª pessoa em que o personagem voa no espaço. O último chefe da fase 6 também apresenta uma mistura de 2D com 3D que é bem curiosa, mas só jogando para entender realmente do que estou falando.

O uso das armas também é legal, onde é possível guardar até 4 tipos diferentes de equipamentos, que podem ser trocados durante a partida. A questão é que ao morrer o jogador perde a que estiver utilizando. Contudo, é possível também guardar essa arma para usar somente quando chegar no inimigo principal da fase (ou sub-fase), que pode ser uma estratégia interessante para se adotar.

Em síntese, apesar de não ter nada de muito inovador dentro do gênero, Blazing Chrome é uma experiência que vai além da simples nostalgia. Os gráficos utilizam o estilo retrô, mas a jogabilidade é interessante e apresenta elementos que transformam a experiência de jogar em algo bem divertido, sem deixar a “raiva” de morrer várias vezes virar uma frustração.


Classificação:


Blazing Chrome

Plataformas: Windows, PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e Amazon Luna
Desenvolvedora: JoyMasher
Produtora: The Arcade Crew
Gênero: Jogo eletrônico de tiro, Jogo eletrônico independente
Ano: 2019

Ramon Prates

Analista de sistemas nascido em Salvador (BA) em 1980, mas atualmente morando em Brasília (DF). Cinema é sem dúvidas o meu hobby favorito. Assisto a filmes desde pequeno influenciado principalmente por meus pais e meu avô materno. Em seguida vem a música, principalmente rock e pop.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *