Por que amamos tanto De Volta Para o Futuro?

Por que amamos tanto De Volta Para o Futuro?

Marty McFly é um garoto como outro qualquer da sua idade, ele quer apenas ser um astro do rock e dar uns amassos com sua namorada no seu carro no final de semana. Tá, ele tem uma estranha amizade com um Dr. lunático que é difícil de entender/explicar, mas tudo bem, ele vai inventar uma máquina do tempo num lindo e clássico DeLorean. Nada demais até aqui, não é mesmo?

E por que então amamos tanto De Volta Para o Futuro?

Acho que o primeiro grande momento do filme que iniciou essa franquia mágica e inesquecível no cinema é quando o DeLorean atinge as 88 milhas por hora – alguém que não entendia muito bem de matemática, provavelmente alguém de humanas, fez as contas ao contrário e botou na legenda que seriam necessários incríveis 55 km por hora para o carro viajar no tempo, velocidade esta que não serve nem para atropelar com danos mais contundentes uma pessoa na rua e que ficou na legenda de nossos VHS para sempre, inclusive a versão que foi exibida nas sessões especiais do Cinemark deixou o erro original lá também, por descuído e preguiça como forma de nostalgia – momentos depois Eisten, volta ileso para a felicidade geral. Tinha uma treta também com uns libaneses que estavam chateados só porque Dr. Brown roubou deles plutônio. Outros tempos, outras tretas.

O certo é que este é apenas o um dos vários momentos mágicos deste primeiro filme da franquia, porque assim que ele chega a 1955 existe uma sequência incrível de cenas e acontecimentos divertidos e emocionantes. Tem a confusão que Marty McFly se mete na difícil (num primeiro olhar diria impossível) tarefa de unir os seus pais, tem homenagem a Star Wars, Star Trek e abduções alienígenas, tem a cena da torre e o famoso raio que vai fazer o seu 60º aniversário em 2 de novembro deste ano e, claro, tem a inesquecível cena musical.

 

Estradas? Para onde vamos não precisamos de estradas!

Uma semana após ter assistido na TV o primeiro filme, lá estava eu no cinema para acompanhar a segunda parte da trilogia. O filme já começa lá em cima, literalmente, e tanto ver que eles não precisariam mais de estradas quanto acompanhar o futuro, foram o suficiente para me causar o deslumbramento total.

Uma criança dos anos 80/90 tinha certeza que em 2015 teríamos carros voadores, robôs fazendo serviços que antes eram dos humanos e tudo mais. Tá, eles erraram em muitas coisas e o futuro atual não é tão bacana quanto a gente imaginava, mas, verdade seja dita, muitos conceitos estão atualmente em voga e o filme não é só isso. Na verdade, a parte futurista logo dá lugar a um show de roteiro e história que somos convidados a imergir.

Presente paralelo, explicação em quadro negro para McFly que se limita a associar paradoxo temporal com “aquela coisa que vai destruir o universo” e, o mais genial, retornar ao primeiro filme e reviver aquelas cenas com novos perigos, novas aventuras e muita emoção. É difícil até mesmo separar estes dois primeiros trabalhos, eles estão tão unidos e tão fechados que podem sim ser encarados como um filme apenas.

To Be Concluded…

Talvez num primeiro momento ninguém tenha ‘se ligado’, mas as referências ao velho oeste estavam na nossa cara. Durante todo o segundo filme dá pra perceber onde a aventura iria terminar. Ainda que no primeiro o final deixou em aberto o que, na época, era uma ‘brincadeira’ e depois tornou-se realidade, uma continuação da história estava caminhando a passos largos nos momentos finais da segunda parte.

E foi talvez o momento mais cruel que passamos com essa trilogia porque, defintivamente, fica em aberto o final da segunda parte. Muito aberto. E quando aparece escrito ‘To Be Concluded’ (ANO QUE VEM!), amigos, foi de pirar a caxirola de qualquer ser vivente daquela época. Não era comum.

O velho oeste nunca foi muito interessante para mim, sei que é uma falha de caráter minha, mas devido a isso o terceiro filme é o que menos tenho apreço. Até mesmo por se passar praticamente todo naquela época e não ter os vais e vens que os outros tiveram. De qualquer forma, temos um trem que viaja no tempo, o que poderia ser mais legal do que isso?

Olha a cara do sacana. É o mochila de criança!

E você? Porque ama tanto De Volta Para o Futuro? Não existe meio termo aqui, ou você ama Back To The Future ou você está errado.

marciomelo

Baiano, natural de Conceição do Almeida, sou engenheiro de software em horário comercial e escritor nas horas vagas. Sobrevivi à queda de um carro em movimento, tenho o crânio fissurado por conta de uma aposta com skate e torço por um time COLOSSAL.

5 comentários sobre “Por que amamos tanto De Volta Para o Futuro?

  1. Entendo seus motivos para amar o filme. Eu gosto do Dr. Brown meio doidinho. E se a gente pensar na época em que foi feito e tudo que foi imaginado é divertido.

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