Crítica | 13 Reasons Why – 1×03: Fita 2, Lado A
As coisas vão ficando cada vez mais sérias em 13 Reasons Why.
Efeito borboleta
É aquela velha história: um pequeno acontecimento pode ser importante o suficiente para mudar muita coisa.
Alex Standall e a fatídica lista
Uma brincadeira idiota de adolescentes ganhou enormes proporções para Hannah e a atingiu em cheio. Alex Standall colaborou na elaboração de uma lista sobre ”qualidades” de vários alunos do colégio. Ele escreveu que Hannah tinha a melhor bunda.
Alguns parecem não entender como isso prejudicou a garota. O próprio Clay considerou isso um elogio. Ledo engano. Hannah virou um alvo, motivo de brincadeiras maldosas e até de assédio.
Bryan, o babaca maior
Agora começamos a entender o porquê de Kat considerar Bryan como o Darth Vader.
Hannah estava em uma loja em busca de chocolates quando dá de cara com Bryan. Evidenciando o seu mau caráter, o rapaz simplesmente passa a mão na “melhor bunda do colégio”. Hannah fica sem reação.
Justin e Jessica
Considero esse relacionamento um tanto estranho. De qualquer forma, foi preocupante ver que Justin e seus amigos planejam algo cruel em relação a Clay. Parece que estão apenas esperando uma oportunidade para botar em prática um plano.
Tivemos aqui um vislumbre do passado de Justin e de sua vida complicada em casa. O garoto pode ter sofrido, mas nada justifica o seu péssimo comportamento.
A importância de observar
13 Reasons Why está batendo na tecla de quão importante é prestar mais atenção nas pessoas ao seu redor, principalmente em um ambiente escolar. Será que aquele amigo quieto e arredio não pode estar pensando em se matar? Ou até de pegar uma arma e matar os outros? É aquela mistura perigosa de bullying, perseguições, valentões e jovens que ainda não estão exatamente prontos para se lidar com isso. Falta apoio no colégio e em casa.
Então
Foi um excelente episódio. EStá claro que 13 Reasons Why tem potencial para abordar o tema do suicídio de maneira profunda.
Acho bizarro quem critica o seriado sem nem ao menos assisti-lo. Bom, não dá para considerar a opinião de alguém assim, não é mesmo?
Para uma pessoa de 30 anos os “porquês” podem ser exagerados, mas é importante nos colocarmos no lugar de alguém como Hannah para começarmos a entender o início do seu sofrimento e as consequências.
De qualquer forma, o seriado está longe de ser ingênuo ou forçosamente melancólico. Há espaço para humor e momentos agradáveis, como quando Clay convida Hananh para ver o tal eclipse penumbral da lua.
Vocês estão gostando? Acho que já deu para perceber que estou bem investido no seriado.
Aos olhos dos outros os problemas ou a forma como “brincadeiras” afetam alguém podem parecer bobagem, mas só quem sofre bullying sabe como é. E como você disse, são adolescentes e as proporções nessa idade são gigantescas.
Fora que o próprio sistema educacional americano é diferente daqui. Essas figuras de “chefe de torcida”, “atletas”, não rolam por aqui e são fatores que influenciam em diversos aspectos.
Fora tudo isso, poucas produções conseguem ser tão contundentes com esta em abordar um tema tão importante.
bem dito, caro MM.
o esquema do high school lá é pesado. e o seriado está mostrando isso como poucos, de um jeito realista e doloroso.