Review | The Walking Dead – 7×02 – The Well
Se o episódio de estreia da 7º temporada de The Walking Dead bateu recordes de audiência trazendo um festival de horror, tensão e muitos ninjas cortadores de cebola, o segundo episódio chamado The Well chegou desacelerado e cheio de supostas boas intenções que só enganam os que, mesmo após mais de 6 anos de seriado, ainda não entenderam como funciona o mundo de Robert Kirkman.
[button-red url=”#” target=”_self” position=””]Aviso de SPOILERS[/button-red]
Os comentários a seguir falam sobre acontecimentos encontrados em The Well, o segundo episódio da sétima temporada de The Walking Dead.
#TWD (S07E02) – The Well
Com a presença de alguns rostos conhecidos, será apresentado uma nova comunidade, já bem instalada, onde tudo parece quase muito perfeito para ser verdade.
Se inspirar na contradição, por que não? Seguido de uma estreia avassaladora, o segundo episódio de The Walking Dead simula um conto de fadas sem deixar de mostrar que o perigo ronda ao lado, ou melhor, se esconda entre partes doces como a fruta Romã. Dentre todas comunidades já existentes na série até aqui, o Reino do “King” Ezekiel é sem sombra de dúvidas o mais interessante e inusitado.
Acompanhado de sua tigresa Shiva, Ezekiel tenta furar a quase impenetrável barreira de Carol. Alguns diriam que é amor, outros que um rei não chega a majestade sendo uma pessoa estúpida, muito pelo contrário. Torçamos que sejam as duas coisas, assim a série se engrandecerá ainda mais.
Os Caminhos da Força
Do lado Jedi da Força, Morgan finalmente parece ter encontrado o seu caminho, aquele que ele tinha perdido nos momentos finais da temporada passada. É importante aprender que nem sempre precisamos ir atrás de nossas crenças de maneira cega e impetuosa, às vezes tudo o que precisamos é enxergar novos caminhos e seguí-los. O quanto ele acredita no conto de fadas que é a vila medieval em pleno apocalipse que ele se encontra não importa. O que realmente importa é que finalmente ele parece estar num lugar onde se encaixa e pode ser mais feliz.
Acredito que muitos fãs da série morariam fácil no Reino que parece ser um lugar realmente promissor. Tá, nem todos estão realmente ‘livres’ ali, mas todos precisamos sempre se espelhar em alguém e ter a medida certa entre desespero e conforto para termos uma vida produtiva e supostamente feliz. Cavaleiros, cavalos, armaduras, teatro, música e caça, não sei se num apocalipse poderia se pedir muito mais do que isso. O certo é que Carol e Morgan tiveram um episódio para resolverem as suas diferenças e seguirem os seus caminhos. Bem, para um deles pelo menos…
Recheio podre
Não teria como ser um conto de fadas completo estando todos rodeados de ameaças. Se os mortos já deixaram de ser a principal ameaça da série há pelo menos 4 ou 5 temporadas, cabe aos humanos esse papel e, claro, ‘Os Salvadores’ estão em todos os lugares. Quando finalmente entendemos o porquê dos porcos serem bem alimentados com a ração zumbi, vemos também um lado inteligente de Ezekiel que esconde o maior perigo da sua comunidade. Um Rei para ser soberano precisa esconder os seus podres, afinal.
Só que existe uma pessoa que parece ser imune ao espetáculo teatral que é Ezekiel, e essa pessoa é Carol, uma das personagens que mais mudaram (de forma extremamente positiva) na série. Aquele ‘toc, toc’ na porta da casa que Carol estava na cena final (confesso que estava esperando Heisenberg aparecer…) é o convite a uma verdade que deve ser mais amarga do que doce e que, obviamente, só vamos descobrir mais a frente. Parece que Carol deverá ter mesmo que devolver um pouco da água do poço que bebeu…
- Na Bíblia, Ezequiel é descrito como um antigo profeta que possuía diversas visões, muitas delas antecipam a corrente apocalíptica que é descrita tempos depois.
- Depois de tanto sangue e sofrimento, confesso, precisava de um episódio como este. E você? Curtiu?
Foi um bom episódio. Essa nova comunidade promete surpresas interessantes a temporada.
eu ainda estava na vibe da monstruosa estreia, então em um primeiro momento não estava gostando muito do episódio. aos poucos, fui entendendo o propósito dele. ainda é possível uma sociedade organizada onde não impera a violência, ainda que eles tenham que pagar tributos aos mais fortes.
também gosto bastante do arco narrativo da Carol, mas algumas coisas me irritam, como essa história de querer fugir a toda hora nos últimos episódios. chega disso!
bela análise, MM
De fato essa fuga sem fim dela aborrece, talvez porque a gente tenha que sempre estar acompanhando. Se ela apenas sumisse de vez ou pelo menos por um tempo nos daria um descanso hahaha