Review | The Last Kingdom – 1×06: Episode 6
[button-red url=”#” target=”_self” position=”left”]Aviso de SPOILERS[/button-red]
Atenção, os comentários abaixo revelam alguns dos acontecimentos presentes em ‘Episode 6’, o 6º episódio da 1º temporada de The Last Kingdom.
Ao contrário do que o último episódio nos apresentou, nesse as adaptações em relação ao livro foram muito mais “livres”. Os pontos-chave estão lá, mas a forma como as coisas acontecem está bem alterada.
O capítulo 2 foi totalmente ignorado e junto com ele Haesten, o dinamarquês que se torna um dos seguidores de Uhtred. Não temos navios, então a ideia de “patrulhar” a costa (e fazer alguns saques) vira uma escaramuça à cavalo.
O início do episódio tenta deixar claro os constantes desentendimentos entre Uhtred e sua esposa com relação ao paganismo dele e à morte de Oswald . Uhtred, Leofric e alguns saxões resolvem se disfarçar de dinamarqueses e partem com planos de fazer fortuna em Cornwalum, terra dos britânicos. Æthelwold se junta ao grupo (na certa para ter mais cenas) e o bando faz alguns ataques sem muito sucesso até serem levados a presença do Rei Peredur.
— Meu nome é Asser — disse ele. Era um nome britânico, claro, e na língua inglesa significava asno. E mais tarde sempre pensaria nele como o Asno. E haveria muitos mais tardes, já que, mesmo não sabendo, eu acabara de conhecer um homem que incomodaria minha vida como um piolho.(Crônicas Saxônicas – O Cavaleiro da Morte)
Engraçado que como no seriado todos falam uma mesma língua, nenhum dos problemas e das situações decorrentes de apenas Uhtred e Haesten falarem dinamarquês são apresentados…
O Rei Peredur quer que Uhtred e seus homens expulsem uns britânicos que tomaram sua fortaleza e está disposto a pagar por isso. As discussões quanto ao valor começam até que o rei chama sua Rainha das Sombras, Iseult, para resolver a questão. Rei Peredur acaba aceitando pagar o que Uhtred pede e assim eles seguem para a fortaleza.
Lá, Uhtred percebe que foi enganado e que os inimigos são na realidade dinamarqueses. Dessa forma, conhecemos Svein do Cavalo Branco que no seriado foi chamado de Skorpa. A caracterização dele ficou bem interessante, não diria que igual ao livro, mas muito boa também.
Uhtred sabe que não tem condições de enfrentar o grupo de Skorpa e aceita trair Peredur e dividir o tesouro. Asser escapa da matança e Uhtred reivindica a posse de Iseult. Acontece um ~treta~ na hora da divisão da prata e Skorpa acaba levando tudo… ou não. Iseult mostra onde há mais prata escondida e é lá que Uhtred acha seu prêmio. (No livro, Uhtred e Svein ficam brothers e só se separam já na hora de Uhtred voltar para Wessex.)
…quando tiramos o pano, revelou-se um grande prato de prata onde estava modelada uma crucifixão. Ao redor da cena de morte, rodeando a borda pesada do prato, havia santos. Doze.
(Crônicas Saxônicas – O Cavaleiro da Morte)
Antes de chegar em casa, Uhtred passa em Exanceaster para dar uma palavrinha com o bispo Alewold e aproveita a cobiça do bispo para pagar a dívida das terras de Mildrith, além de conseguir a liberação do wergild de Oswald.
A dívida foi anulada. Insisti em ter isso por escrito, e escrito três vezes, e os surpreendi sendo capaz de ler …
(Crônicas Saxônicas – O Cavaleiro da Morte)
De volta em casa, Uhtred irrita ainda mais Mildrith com a presença imposta de Iseult e fica claro que o casamento deles já era.
As passagens que contam os desentendimentos do casal e a convivência com Iseult foram simplificadas e acredito que foi uma decisão acertada. Corria o risco de ficar chato e melodramático. A única coisa que senti falta dessas passagens foi a famosa profecia de Iseult que, claro, ainda pode aparecer em outro momento.
— Alfredo vai lhe dar poder e você tomará de volta seu lar no norte, e sua mulher será uma criatura de ouro.
(Crônicas Saxônicas – O Cavaleiro da Morte)
Uhtred é convocado para o witan e leva Iseult a tiracolo. Lá, encontra Beocca preocupado e não entende nada.
Ælswith sorria, e então eu soube que estava encrencado.
(Crônicas Saxônicas – O Cavaleiro da Morte)
Assim, ele descobre que sua investida contra o Rei Peredur foi descoberta e que Skorpa andou destruindo a igreja que estava sendo construída em Cynuit (financiada por Odda – O Jovem). Pior, há testemunho de que ele estava presente nos DOIS eventos.
Nas cenas finais do episódio temos uma grande mudança em relação ao livro que ainda não sei se afetará muita coisa. Imagino que o desencadear será o mesmo, mas ainda assim senti falta de Steapa (o Montanha de Odda). No seriado foi Leofric que assumiu o papel de Steapa no julgamento de Uhtred e eu achei meio forçado.
Então é isso, teremos Uhtred x Leofric no próximo episódio!
não achei este episódio tão bom como o anterior, mas tivemos boas coisas aqui. os desentendimentos entre ele e a esposa – e uhtred mostrando pq é o ‘sem deus’ e também o personagem Skorpa, como você apontou. fiquei imaginando o pq daqueles dentes vermelhos… rapidamente descobrimos que ele tinha uma certa tendência zumbi! haha.
ótimo texto Carol! gosto bastante de ler as passagens dos livros que remetem as sequências mostradas no seriado.
minha nota: 3/5.
Obrigada, Bruno!
Eu estou relendo “diagonalmente” os capítulos e aí bate a vontade de usar trechos no texto. 🙂
O problema de acompanhar passo-a-passo para mim é esse; você perde a visão do todo. Fica tudo muito fragmentado e a intenção não é essa. É o mesmo fenômeno que acontece por quem acompanha mangás ou outras coisas episódicas. É natural ter-se capítulos não tão sólidos isoladamente, mas que compõem bem a trama geral.
Tem que acumular, né? 😛
Mas faz sentido mesmo. Quem assistir na Netflix vai ter essa vantagem.
Claro que tem! Essa é a vantagem mor! 😀