Review | The Walking Dead – 6×04: Here´s not Here
Onde Morgan aprendeu a lutar daquele jeito? Quem o ensinou? Porque ele acha ‘salutar’, no mundo do jeito que está, não matar as pessoas? Todas eram perguntas que muitos queriam saber, mas talvez por estarem curiosos e ensandecidos a respeito de uma morte (ou não?) que aconteceu no 3º episódio desta excelente 6º temporada de The Walking Dead, é possível que tenham deixado de curtir um dos melhores episódios da série até aqui.
[button-red url=”#” target=”_self” position=”left”]Aviso de SPOILERS[/button-red]
Os comentários abaixo contam os acontecimentos presentes em Here´s Not Here, o 4º episódio da 6º temporada de The Walking Dead.
#TWD (S06E04) – Here´s Not Here
Desde a sua primeira aparição na série quando ele resgatou Rick, recém-saído do hospital após o seu filho ter dado uma pázada na cabeça do xerife, que Morgan sempre foi um personagem interessante. Nesta insana 6º Temporada ele retornou com uma posição de mais destaque sendo um verdadeiro Jedi do apocalipse e fazendo um contraponto interessante ao estilo Rick de liderar.
Quando o episódio inicia só focando no rosto do ator Lennie James (excelente em seu papel) vemos Morgan conversando com alguém, explicando o seu passado, naquele momento ainda a verdade é que ele está contando a sua história para o espectador compreender o que ele fez até chegar onde chegou, e o que o transformou num Jedi.
Aqui não é aqui
O início é avassalador, Morgan está possuído pela loucura e o foco da câmera nos mostra os exatos momentos em que ele está ensandecido. Matando quem passar por sua frente e deixando tudo “limpo”. Não demora muito e ele chega a uma cabana com uma cabrinha, tadinha, e antes que possa matar mais um ele é recebido por Eastman (John Carroll Lynch) que surge num roupão tal qual um mestre Jedi.
E é aí que o ritmo muda e as coisas ficam mais cadenciadas. Morgan é posto numa cela, recebe um livro “A Arte da Paz” e começa a ser estudado/ensinado por Eastman.
A porta ou o sofá
A porta da cela de Morgan esteve sempre aberta desde o início, e quando ele recebe a proposta do sofá ou a porta (dessa vez a da rua) é que o episódio volta a ter contornos mais urgentes. Existem diversas metáforas sendo exibidas aqui enquanto a história caminha numa espécie de mini-arco do herói onde Morgan vai penar, sofrer e ter que fazer (e ver) alguns sacrifícios até finalmente se tornar o sujeito mestre do aikido e ‘não-letal’ que chegou até Alexandria.
Poderia muito bem funcionar como um filme separado da série e, para alguns, foi apenas um daqueles episódios fillers (enche-linguiça), mas a verdade é que “Here´s not Here” é uma verdadeira aula de teledramaturgia e traz uma história muito bem construída e com uma conclusão daquelas de tirar o fôlego (pelo menos para aqueles que se permitiram). Houve tempo suficiente para isto também já que foi um episódio mais longo do que o de costume.
Lições aprendidas?
Os flashbacks que são mostrados antes do episódio servem a um grande propósito, preparar para o que vem pela frente e relembrar algumas passagens importantes que muitos podem ter deixado passar batido. Quando Morgan salvou Daryl e o outro recrutador (seu personagem é tão interessante que estou com preguiça de catar o nome dele no Google) ele disse que “toda a vida era importante”.
Um dos maiores ensinamentos que ele recebeu de Eastman foi esse, toda a vida é importante, mas será que toda mesmo? Todas elas? Até das pessoas mais cruéis como a do sujeito que Eastman conta a história e, já nos seus últimos suspiros, fala o que fez com ele? Se George Orwell estivesse ali diria a eles que algumas vidas são mais importantes do que outras. Lições ensinadas, lições aprendidas mas as vezes o mundo parece querer sempre nos por a prova, não é mesmo?
“Aquilo não me trouxe paz, só tive paz depois que parei de matar pessoas”, foi uma das últimas coisas que Morgan aprendeu de seu grande mestre e companheiro. E quando o episódio chega ao seu desfecho e vemos com quem ele estava conversando, não era a gente apenas afinal, é que mais uma vez um bom homem é posto a prova. Mas será que esse ainda é um mundo para bons homens?
Essa resposta eu não sei, mas o que sabemos é que é um péssimo mundo para ser uma cabra 🙁
E no final das contas Eastman estava certo, Morgan iria segurar um bebê (depois dali) e a vida é mesmo um ciclo, Morgan encontrou seu próprio psicopata para ter que lidar. Aquele mesmo que ele tinha encontrado tempos antes. Vimos ainda de onde surgiu o pé de coelho, a bala e, bem no finalzinho, uma voz gritou no portão. Sim, é um spoiler pra avisar que Rick está bem. Calma, tem mortes importantes mas ainda não é Game of Thrones!
O que esperar do 5º Episódio?
Será que finalmente a resposta que tantos ficaram desesperados por descobrir aqui, neste quarto episódio da sexta temporada de The Walking Dead, finalmente serão entregues? E se não for a resposta que você quer a série vai se tornar ruim também? O vídeo abaixo mostra que o foco vai ser Alexandria.
E você? Acha que seria uma troca mais justa levarem o padre e deixar a cabra? Ou acredita que a cabrinha é a Uni do Caverna do Dragão?
O episódio foi bem interessante, mas ele foi um pouco longo e considerando a deixa do último episódio talvez essa não tenha sido a melhor hora de fazer um flashback. Mas isso não tira os méritos do episódio.
É aquela coisa, eles fazem isso propositalmente. Poderia ser pior, já pensou se fosse um episódio de final da mid-season? hehehe
foi bom e tal, mas queimar um episodio inteiro só pra ‘explicar’ a origem zen dele foi um desperdicio total,
Acho que outros episódios foram queimados com coisas muito menos legais do que o passado de Morgan que eu, particularmente, achei muito interessante.
Mas eu sou apenas a minoria, a maioria realmente não curtiu.
foi interessante mas não vejo razão nenhuma estas barrigas na serie, acabou o dinamismo