Crítica | Future Islands – People Who Aren’t There Anymore

Crítica | Future Islands – People Who Aren’t There Anymore

Em People Who Aren’t There Anymore os americanos do Future Islands optaram por não correr riscos. O álbum é o reflexo de uma banda que encontrou uma fórmula e a lapidou da melhor maneira ao longo dos anos. Além disso, as complexas experiências de viver uma pandemia e um término de um relacionamento inspiraram Samuel T. Herring em relação aos temas.

A voz marcante de Herring potencializa assuntos dramáticos como a separação, o distanciamento, a depressão e o inevitável passar do tempo. Há um certo grau de dor nas letras que as fazem soar honestas e realmente belas.

The Fight” fala sobre o peso de se sentir sozinho, mas não deixa de lado a esperança de dias melhores. “Deep in the Night” é outro momento mais introspectivo e calmo, em que Herring diz “Eu pertenço a você. Quando você pega na minha mão, eu entendo, onde você termina é onde eu começo”.

Mas People Who Aren’t There Anymore também se destaca pelas faixas dançantes com aquele synth-pop e pop eletrônico que o Future Islands faz como poucos. “Peach“, “King of Sweden” e “The Tower” representam bem o que escrevi sobre uma fórmula lapidada com maestria.

O álbum tem 12 músicas e 6 delas já haviam sido lançadas como singles. Algumas já estavam disponíveis há quase 3 anos, o que é um tanto estranho. Das novidades talvez “Corner of My Eye” seja a mais interessante.

A verdade é que não consigo pular nenhuma música nessa jornada repleta de sintetizadores que alia o moderno às influências oitentistas. Por 45 minutos fui facilmente absorvido no universo agridoce e envolvente de uma banda que sabe do que é capaz. De qualquer forma, não reclamarei se na próxima empreitada eles decidirem ousar um pouco mais.

Future Islands | People Who Aren’t There Anymore

Ano: 2024
Selo: 4AD
Produção: Future Islands, Steve Wright
Favoritas: The Tower, King of Sweden, The Thief

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

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