Crítica | Army of the Dead: Invasão em Las Vegas

Crítica | Army of the Dead: Invasão em Las Vegas

Zack Snyder surgiu para o mundo em 2004 ao dirgir o excelente Madrugada dos Mortos. Nos próximos 20 anos ele basicamente focou nos filmes de super-heróis, colecionando altos e baixos. Em 2021 ele retornou ao universo de zumbis com Army of the Dead, um filme que possui mais erros do que acertos e que deve agradar principalmente aos ferrenhos entusiastas do nicho.

A verdade é que nas últimas décadas houve tantos exemplares de gênero que ele saturou. Para um novo filme de zumbi realmente agradar ele teria que oferecer uma experiência diferenciada e isso Army of the Dead não conseguiu. Mas não nego que Zack Snyder tentou. E tentou até demais. 2 horas e 30 minutos é uma duração absolutamente desnecessária para uma história simples como essa.

Aqui os zumbis tomam a cidade de Las Vegas e os poucos que não foram mordidos fogem o quanto antes. Para conter a disseminação dos mortos-vivos, o governo isola a cidade com uma enorme muralha feita de cointainers.

Uma introdução fantástica repleta de câmera lenta e gore nos informa de tudo isso ao mesmo tempo em que nos apresenta aos personagens principais. E é uma pena constatar que esses primeiros minutos são justamente a melhor parte do filme.

O dono de um cassino contrata pessoas que estiveram lá dentro e mostraram que sabem se virar para resgatar toda a grana de um cofre. O problema é que a entrada é proibida e lá dentro a população de zumbis cresceu de maneira inimaginável.

Army of the Dead se transforma em uma mistura de ‘heist movie’ com filme de zumbis. Há uma ideia interessante de apresentar alguns zumbis um pouco mais inteligentes e que possuem a capacidade de comandar os outros, os chamados alfas. Apesar desse fragmento de originalidade, o resto do que vemos segue os caminhos previsíveis tantas vezes já vistos.

Zack Snyder procura adicionar camadas ao fazer críticas sociais, mas de maneira superficial. A tentativa de permitir que criemos empatia com os personagens esbarra em atuações irregulares e um desenvolvimento precário de seus dramas pessoais.

Apesar da previsibilidade e dos excessos do roteiro, ainda assim existem coisas a se aproveitar. É possível se entreter com referências bem humoradas a Las Vegas, com um tigre-zumbi e principalmente com a criatividade das mortes. A violência estilizada oferece cenas que empolgam e eventualmente causam aflição, geralmente com litros de sangue jorrando e membros decepados.

No final das contas, um fã do gênero provavelmente encontrará momentos de diversão em Army of the Dead, mas dificilmente vai querer assistí-lo de novo. A tendência é que para a maioria caia no esquecimento. Merecidamente.

* Onde assistir:


Uma frase: “Vocês falam sobre a cidade como se fosse a prisão deles. Não é. É o reino deles.”

Uma cena: As sequências dos créditos iniciais.

Uma curiosidade: Dave Bautista recusou uma oferta para aparecer em O Esquadrão Suicidia para poder trabalhar em Army of the Dead.


Army of the Dead: Invasão em Los Angeles

Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Synder, Shay Hatten, Joby Harold
Elenco: Dave Bautista, Ella Purnell, Ana de La Reguera, Omari Hardwick, Theo Rossi, Matthias Schweighöfer
Gênero: Ação, Drama
Ano: 2021
Duração: 148 minutos

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

2 comentários sobre “Crítica | Army of the Dead: Invasão em Las Vegas

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