Qual é o melhor álbum do The Killers?
Que tal uma pequena polêmica?
Se você é fã do The Killers faça o favor de deixar nos comentários qual é o seu disco preferido dos caras.
Eu tenho o meu e pode soar absurdo para alguns. Mas vou explicar tudo ao longo do post.
Primeiro de tudo devo dizer que o The Killers é a minha banda preferida.
Comecei a escutá-los em meados de 2004 quando Somebody Told Me tocava incessantemente em uma rádio de rock em Curitiba. Rapidamente fiquei viciado na música e busquei mais coisas desse quarteto indie de Las Vegas. E aí me deparei com as maravilhosas All These Things That I’ve Done e Mr. Brightside.
A partir disso virei fã e passei a acompanhar os lançamentos e a aguardar ansiosamente pelas vindas deles ao Brasil. Ouvi todos os álbuns inúmeras vezes, me aprofundei nas letras e fui a três shows deles.
Meu lastfm não me deixa mentir. Esse é o registro de 2005 até agora:
E como fiz o meu ranking? Bem, ouvi novamente todos os álbuns e atribuí uma nota de 0 a 10 para cada música, chegando em uma média. Analisei com calma e sem medo de abraçar o novo e deixar de lado a máxima de que o melhor álbum é o primeiro porque tem mais clássicos.
Em ordem decrescente, aí vai:
Qual é o melhor álbum do The Killers?
7. Hot Fuss
Há quem vá considerar isso absurdo, mas Hot Fuss é o CD mais fraco da carreira do The Killers. Sim, ele possui vários hits, mas trata-se de um trabalho extremamente irregular de um grupo que estava ainda em desenvolvimento. Everything Will Be Alright é irritante e Andy, You’re a Star e Midnight Show são simples e repetitivas. Letras um tanto superficiais e o excesso de sintetizadores incomodam em alguns momentos, isso sem falar em um Brandon Flowers que ainda estava aperfeiçoando a voz e amadurecendo. De qualquer forma, a essência da banda já estava ali e o caminho para o sucesso se iniciava.
Ouça:
– All These Things That I’ve Done
– Mr. Brightside
– Smile Like You Mean It
6. Wonderful, Wonderful
Ainda que Wonderful, Wonderful seja sólido, coeso e melancólico na medida certa, não dá para negar que é também uma experiência sem muito brilho. Fica claro que cada membro da banda atingiu uma invejável maturidade musical, mas isso acabou não produzindo muitos hits. Apenas Tyson vs Douglas e Run For Cover são músicas realmente boas. Pode-se destacar o teor pessoal das letras, com Flowers revelando muito do relacionamento dele com a esposa.
Ouça:
– Tyson vs Douglas
– Run for Cover
– The Man
5. Battle Born
Battle Born é uma imperfeita e fascinante mistura de elementos que faz o The Killers ser tão especial. Temos aqui baladas envolventes, influências de Springsteen e U2, hinos para serem entoados em estádios lotados e até uma musica animada em um estilão meio country. O título do álbum vem do lema da bandeira do estado de Nevada e as letras refletem o orgulho de pertencer a algum lugar, mesmo que nem sempre as experiências vividas nele sejam das melhores.
Ouça:
– The Way it Was
– Runaways
– Flesh and Bone
4. Day & Age
Esse é um trabalho um tanto injustiçado dentro da discografia do quarteto de Las Vegas. Quando escutado com a devida atenção fica fácil perceber suas qualidades. Apostando em uma sonoridade diferente daquela que estávamos acostumados na época, Day & Age oferece momentos dançantes e inusitados como Human e Joy Ride. Mas os destaques são o hit instantâneo Spaceman e o romance épico A Dustland Fairytale. .
Ouça:
– A Dustland Fairytale
– Losing Touch
– Spaceman
3. Sam’s Town
Aqui a banda pendeu para o gênero Americana e investiu em uma pegada mais raiz com fortes influências de Springsteen, Tom Petty e Beatles. Possivelmente seja o The Killers mais rock até agora. É um verdadeiro suco saboroso de referências que ajudou a estabelecer a sonoridade da banda. Sam’s Town está envelhecendo muito bem com preciosidades como For Reasons Unknown, Bones e a subestimada My List.
Ouça:
– For Reasons Unknown
– Read My Mind
– When You Were Young
2. Imploding the Mirage
Uma inesperada obra-prima. Imploding the Mirage é o resultado de uma banda em constante evolução, mas que jamais deixa de perder sua essência. Com arranjos criativos, letras inspiradas, refrãos fáceis de se cantar junto e participações especiais de nomes como Weyes Blood e Lindsey Buckingham esse álbum foi lançado durante uma das piores épocas da pandemia do Covid e certamente ajudou muitos fãs a esquecerem um pouco daquele caos.
Ouça:
– Dying Breed
– My Own Soul’s Warning
– Caution
1. Pressure Machine
Durante a pandemia Brandon Flowers foi passar um tempo na pequena cidade de Nephi onde cresceu e lá começou a conceber essa joia rara chamada Pressure Machine. Esse é um disco intimista recheado de uma doce melancolia. Um disco que nos revela histórias pessoais que se passaram naquela cidade, mas que podem ser consideradas universais. Pressure Machine é honesto e sensível. Suas letras poéticas e requintadas conseguem formar imagens inesquecíveis em quem presta atenção nelas. Podemos escutá-lo da primeira até a última musica e sentir toda a sua glória. Ele nos absorve e nos faz experimentar emoções genuínas. Uma obra-prima que acho difícil ser superada. Espero estar errado, é claro.
Ouça:
– West Hills
– The Getting By
– Quiet Town
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Vai aí uma lista marota no Spotify?
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E aí… qual é o seu top 3 dos caras?
Pressure Machine é de fato uma obra prima
Meu top é: 3. Sam’s Town, 2. Day and Age, 1. Pressure Machine.
Mas a verdade é que a gente que é fã consegue se divertir demais ouvindo todos esses álbuns. São incríveis. É muito bom gostar de uma banda que continua tão produtiva e em alta qualidade.