Lista | 8 filmes sobre maternidade real
A cultura pop costuma representar a maternidade de uma maneira bastante romantizada, idealizada um dom nato e incondicional de toda mulher. O equívoco desconsidera e silencia a individualidade feminina, e ainda acaba por desumanizar as mães. É como se todas fossem superpoderosas, invencíveis e capazes de dar conta de uma sobrecarga imensa, que envolve simultaneamente cuidados domésticos e educação dos filhos.
Porém, a cada ano que passa, o Dia das Mães – essa data do calendário comercial – tem sido ressignificada mais e mais. Graças a muitas mulheres que aproveitam a ocasião para levantar bandeiras e propor debates oportunos sobre o significado da maternidade e como ela transforma e afeta o cotidiano feminino, na esfera política, social e econômica.
Sobre o tema, selecionei oito excelentes produções que fogem dos estereótipos e despertam reflexões pertinentes para os dias atuais:
Juno (2007)
Juno (Ellen Page) tem apenas 16 anos e engravida do colega de escola Bleeker. Com a ajuda dos familiares e da melhor amiga, ela procura um jovem casal que seja perfeito para criar o seu filho. Nessa jornada, a mãe adolescente enfrenta situações muito delicadas e incomuns para a sua idade.
O Renascimento do Parto (2013)
A grave realidade obstétrica mundial e, sobretudo, brasileira, é o tema central desse documentário. O filme destaca o número alarmante de cesarianas ou de partos realizados com intervenções traumáticas e desnecessárias para as mulheres.
Que horas ela volta? (2015)
Val é uma empregada doméstica que vive e trabalha na casa de uma família em São Paulo há muitos anos, a fim de proporcionar melhores condições de vida para a filha, Jéssica, que foi deixada em Pernambuco. Anos depois, a filha decide viajar para prestar vestibular na cidade e é recebida pela família da patroa de Val. O confronto de gerações, ressentimentos e visões de mundo tornam a convivência entre elas muito difícil.
Mãe (2017)
Filme cheio de referências bíblicas que proporcionam várias camadas de interpretação e significados. Uma delas é sobre a maternidade e a condição da mulher que é testada, cobrada, criticada e punida cotidianamente na sociedade patriarcal, por todas suas decisões e atitudes.
Meu Anjo (2018)
Produção francesa que aborda temas tabus na nossa sociedade: a maternidade tóxica e o abandono parental. O filme francês conta o drama da relação de Marlene (Marion Cotillard) com sua filha Elli (Ayline Aksoy-Etaix). O sofrimento da menina é o fio condutor da narrativa.
O Retorno de Ben (2018)
O mito do amor incondicional permeia a história sensível, dolorosa e cheia de humanidade contada pelo diretor e roteirista Peter Hedges. O filme narra a coragem, a determinação e o desespero de Holly Burns (Julia Roberts) na tentativa de proteger o filho mais velho Ben Bruns (Lucas Hedges) de si mesmo.
Tully (2018)
Depressão pós-parto, saúde mental materna e sobrecarga das mulheres são alguns dos temas do filme, em que Marlo (Charlize Theron), mãe de três filhos, com um recém-nascido para cuidar, vive uma vida de esgotamento físico e emocional. Certo dia, ganha de presente de seu irmão uma babá para cuidar das crianças durante a noite. Embora um pouco hesitante, ela é surpreendida pela companhia de Tully (Mackenzie Davis).
Dos filmes que você citou, “Tully”, pra mim, é o mais próximo do que é a maternidade real. Estou vivenciando isso, e é bem o que o filme retrata: muito cansaço, porém muita realização! Eu adoraria ter uma Tully que me ajudasse! rsrsrsrs
Sobre “O Renascimento do Parto”: assisti aos 3 filmes, enquanto estava grávida, e acho que, embora a mensagem do documentário em si seja muito importante, o filme radicaliza um pouco para defender um determinado ponto de vista.