Review | Castlevania Requiem (PS4)

Review | Castlevania Requiem (PS4)

Enquanto não lança nenhum novo game de Castlevania, a Konami aproveita para relançar os jogos clássicos para manter a franquia relevante e fresca na memória dos jogadores. Um bom exemplo disso ocorreu em 2018 com o lançamento de Castlevania Requiem, um pacote especial lançado exclusivamente para o Playstation 4 que conta com Rondo of Blood (1993) e Symphony of the Night (1997).

Rondo of Blood

O jogo de 1993 lançado originalmente para PC Engine (conhecido no oriente como Turbografx 16) e Playstation Portátil é mais fiel a fórmula que consagrou a franquia Castlevania. Na história o protagonista Richter Belmont tem que salvar sua amada Annette que foi raptada por Drácula.

A principal diferença do jogo é a nova personagem jogável chamada Maria, no entanto ela é desbloqueável, ou seja, é necessário que o jogador a encontre durante a partida para que possa jogar com ela. Ela não estava disponível na 1ª versão do jogo e foi incluída em atualizações lançadas posteriormente chamadas Castlevania: Dracula X e Castlevania: The Dracula X Chronicles.

Jogar com Maria é uma experiência bem diferente dentro da franquia Castlevania já que a personagem tem habilidades e armas diferentes das usadas por Belmont. É engraçado e “fofo” ela utilizar bichinhos de estimação – como gatinhos – como armas contra inimigos. A jovem também tem pulo duplo que possibilita alcançar áreas que o protagonista masculino não consegue. Contudo, essa diferença também deixa o jogo um pouco mais fácil.

Fora isso Rondo of Blood é um jogo um pouco irregular, tem alguns chefões de fase bem “chatos” e é inferior a outros jogos da época e da própria franquia lançados para o Nintendo 8 bits e Super Nintendo. Mas a atualização da personagem Maria faz com que ele ganhe um “charme” diferente dentro do universo Castlevania e justifica a jogatina. Além disso o game já mostrou um pouco de exploração, fugindo da linearidade da franquia da Konami, que seria o principal diferencial e atrativo do jogo seguinte.

Symphony of the Night

Esse sim é o grande trunfo de Castlevania Requiem já que esse jogo é um divisor de águas dentro da franquia. Quem acompanha a parte de games da POCILGA (e o mundo dos games em geral) já conhece o termo metroidvania, um gênero que surgiu da influência de Castlevania e Metroid. E a grande inovação de Symphony of the Night é justamente sair do estilo de aventura 2D linear da franquia da Konami e investir no estilo.

Dessa vez o jogador controla Alucard, filho de Drácula, que tem como objetivo explorar o castelo do pai em busca de informações e habilidades para derrotar Richter Belmont, que se proclamou lorde do lugar. Ou seja, o game continua exatamente onde Rondo of Blood termina.

O fator de ser uma continuação e de um outro ponto de vista, onde agora o ex-herói e protagonista agora é o vilão é bem interessante e inovador dentro do universo de Castlevania até então.

A evolução do personagem estilo RPG onde o nível de suas capacidades é aumentado, enquanto outras são desbloqueadas, é bem inovador dentro da franquia. E a exploração do mapa, onde é necessário que o jogador encontre e explore o local para localizar novas habilidades, que serão necessárias para chegar a novos pontos do mapa. Encontrar esses locais é a grande diversão do game, seguindo bem o estilo metroidvania.

Contudo, à medida que as melhorias são desbloqueadas o jogo fica mais fácil a ponto do último chefão ser surpreendentemente tranquilo de ser derrotado. Mas isso não tira o brilho do game já que jornada até o ponto final não vai ser nada fácil.

Em Symphony of the Night é possível ver também algumas melhorias para a versão do PS4, principalmente no som. Já os gráficos foram apenas adaptados para as televisões atuais para que os games não percam tanto a qualidade de suas resoluções originais.

Em resumo, Castlevania Requiem é um prato cheio para os fãs de Castlevania terem a oportunidade de jogar dois clássicos da franquia em um videogame da geração atual. Principalmente Symphony of the Night, que apesar de suas limitações técnicas, mantém uma jogabilidade muito boa e atual, oferecendo um ótimo desafio aos jogadores.


Classificação:


Castlevania Requiem

Plataformas: Playstation 4
Desenvolvedora: Konami
Ano: 2018

Ramon Prates

Analista de sistemas nascido em Salvador (BA) em 1980, mas atualmente morando em Brasília (DF). Cinema é sem dúvidas o meu hobby favorito. Assisto a filmes desde pequeno influenciado principalmente por meus pais e meu avô materno. Em seguida vem a música, principalmente rock e pop.

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