Clássicos | Lua de Papel (1973)

Meu primeiro contato com o cinema de Peter Bogdanovich foi com o ótimo A Última Sessão da Cinema. Estava empolgado para conferir Lua de Papel e tive mais uma experiência acima da média.

Este filme estava na minha lista dos filmes a serem assistidos há um bom tempo. Não sei por que adiei tanto assim. É engraçado como existem filmes que você fica com um certo pé atrás, demora para assistir e no fim acaba sendo surpreendido positivamente.

Lua de Papel conta a história de Moses Pray e da garotinha Adie. Ele é um golpista que visita viúvas e diz que seus maridos haviam comprado uma bíblia de luxo para elas. Em um dado momento, ele se vê diante de um pequeno problema: Adie perdeu a mãe e os familiares mais próximos estão em outra cidade.

Após alguns desentendimentos iniciais, uma inesperada parceria se forma. As coisas caminham bem e os golpes rendem bons frutos. Até quando que isso irá funcionar?

A química entre Ryan O’Neal e Tatum O’Neal é evidente. O sobrenome não é coincidência, trata-se de pai e filha na vida real. A dupla nos entrega diálogos afiados e bem humorados. Surge até uma dúvida se Adie não poderia ser filha de Moses, afinal eles tem o mesmo queixo.

É claro que existirão percalços pelo caminho e até diálogos mais ríspidos entre os dois, mas nada muito forte. São discussões que servem para os aproximar ainda mais.

Lua de Papel é um road movie que conta com dois personagens principais inesquecíveis, situações inusitadas pelo caminho e um desfecho relativamente imprevisível. Ele diverte e emociona na mesma medida, sem forçar a barra.

Acho que preciso me aprofundar mais na carreira do diretor Peter Bogdanovich.

Lua de Papel (Paper Moon)

Direção: Peter Bogdanovich
Roteiro: Alvin Sargent
Elenco: Ryan O’Neal, Tatum O’Neal, Madeline Kahn
Gênero: Comédia, Crime, Drama
Ano: 1973
Duração: 102 minutos
Info: IMDb