Crítica | Tower (2016)
Tower reconta de maneira angustiante o Massacre da Universidade do Texas em 1966 sob a perspectiva da população atônita. Utilizando a técnica da rotoscopia com fluidez, imagens de arquivo e entrevistas emocionantes, o diretor Keith Maitland cria uma obra relevante. O objetivo do filme não é explicar as motivações do assassino Charles Whitman, mas sim mostrar como a população reagiu diante da absurda carnificina. Quando tiros disparados da torre da Universidade do Texas começaram a ceifar vidas, as reações foram as mais variadas. Muitos demoraram para entender o que estava acontecendo, algo natural naquela época. Hoje em dia tais atos já não são raridade. Uma situação dessas faz as pessoas entenderem quem elas são de verdade. Atos de altruísmo, coragem e covardia foram registrados e eternizados.
Keith Maitland encontrou a maneira perfeita de contar essa história e homenagear as vítimas e os heróis. Com cerca de 90 minutos de duração, Tower é uma experiência hipnotizante, capaz de nos transportar para aquele fatídico dia.
É uma pena que um filme tão bom como esse dificilmente virá para os cinemas brasileiros. Quem sabe a Netflix não possa adicioná-lo em seu catálogo eventualmente? Tower é obrigatório tanto pelo lado histórico, como pelos seus atributos cinematográficos.
Nunca tinha ouvido falar, vou colocar na minha watchlist infinita