Review | The Walking Dead (6×13) – The Same Boat

Review | The Walking Dead (6×13) – The Same Boat

Em uma água fervente você prefere ser a cenoura, o ovo ou o café? A verdade é que ninguém queria estar dentro de uma panela com água fervendo, mas Rick e sua trupe estão lá e o 13º episódio desta brutal 6º temporada de The Walking Dead só fez corroborar algo que já estava certo há tempos e que, junto com o episódio anterior, ficou claro aqui. O limite que os diferenciava dos vilões, como o governador por exemplo, já foi ultrapassado.

[button-red url=”#” target=”_self” position=””]Aviso de SPOILERS[/button-red]

Os comentários a seguir falam sobre acontecimentos encontrados em The Same Boat, o décimo terceiro episódio da sexta temporada de The Walking Dead.

#TWD (S06E13) – The Same Boat

Quando chegou a Alexandria, Carol decidiu se mostrar como uma frágil dona de casa perante os moradores, não porque ela queria mudar seus ideais mas sim porque acreditava que todos eles eram ‘crianças’, e esse jogo ajudaria a ludibriá-los enquanto ela escondia a sua face ‘matadora’ para quando fosse oportuno. Algo similar acontece aqui em “The Same Boat“.

Aprisionadas por um grupo que está a mando de Negan, que por enquanto é muito mais uma entidade/presença ameaçadora do que propriamente uma figura a ser temida, até porque não vimos ainda a sua fuça, Carol utiliza de todos os seus recursos para tentar enganar os seus captores (aposto que até os espectadores menos atentos embarcaram) e o símbolo do terço, o crucifixo e todo o jogo de ‘coitadinha’ ajuda ela e Maggie a ganharem tempo.

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Jogos Mortais

Claustrofóbico e reduzido a ambientes fechados (alô Ramon, sua razão de aspecto é importante aqui), o trabalho da câmera e de toda a produção dá o tom deste episódio que trabalha muito bem o terror e traz algumas cenas de horror muito doloridas.

Estamos todos no mesmo barco

Quem são os vilões, quem são os mocinhos? Será que ainda existe espaço para essa discussão ao se pensar no grupo de Rick? Numa escalada similar a de Walter White em Breaking Bad, estamos acompanhando um grupo que agora merece ser temido e, não inoportunamente, devem sim serem conhecidos também como vilões. Por mais que tentem suavizar os seus atos, dando motivos e até mesmo — como no episódio anterior — demonstrando que as pessoas que eles ASSASSINARAM eram muito cruéis e execráveis (precisamente na cena em que eles veem algumas fotos de cabeças esmigalhadas que colecionavam), não tem mais o que se discutir. Rick e sua turma são assassinos. O que diferenciava eles de outros antigos vilões que tanto temiam já foi ultrapassado faz algum tempo, neste episódio ficou apenas mais evidente.

Uma vez que Morgan é visto como um elo fraco no grupo, o sujeito que quer deixar os ‘bandidos’ vivos a matá-los, Dale nunca fez tanta falta, ainda mais quando sempre tentava deixar claro que, apesar do tempo que eles conheciam ter sido deixado para trás, manter a humanidade ainda é (era) uma escolha.

#SomosTodosNegan

Negan explodiu com o tiro de RPG (a bazuca com míssil) que Daryl largou no retorno da mid-season? Não. E sim. Rick matou Negan com o grupo da base que foi invadida no episódio anterior? Não. E sim. Rick atirou no cara que estava servindo para fazer a troca ao final de “The Same Boat” quando ele disse que era o Negan. Ele era mesmo? Não. E sim.

The Same Boat
Eu sou Negan

Negan é, por enquanto, como comentei anteriormente, onipresente. Ele parece ser tão ameaçador a ponto de disseminar a sua presença em todos aqueles que trabalham para ele, a contragosto ou não. Aparentemente todos o temem e preferem sucumbir à suas ordens a enfrentá-lo.  Todos menos Rick e sua turma, que não são os mocinhos clássicos, muito longe disso, mas talvez sejam os “salvadores” que o apocalipse zumbi em que a série está ambientada precisa.

Até onde eles estarão dispostos a ir? Bom, agora parece que não existem mais limites. A brutalidade tomou conta deste episódio e isso vai se estender para toda a série daqui em frente. Por mais que as reações de Carol e Maggie sejam de que não aguentam mais carregar este fardo, o peso dos atos de todos só aumenta, e a dívida deverá ser cobrada a qualquer momento.

marciomelo

Baiano, natural de Conceição do Almeida, sou engenheiro de software em horário comercial e escritor nas horas vagas. Sobrevivi à queda de um carro em movimento, tenho o crânio fissurado por conta de uma aposta com skate e torço por um time COLOSSAL.

5 comentários sobre “Review | The Walking Dead (6×13) – The Same Boat

      1. Olha, eu não tomei o curso de Villaça, tá vendo? Você vai ter que fazer um workshop aqui na POCILGA

        Quanto ao episódio, gostei bastante. Faltam 3. Vamos ver até onde vamos chegar

  1. tô achando essa temporada fantástica. também fiz o paralelo com o governador. as coisas são assim, não adianta. mas o glenn mostra resquícios de humanidade. as lágrimas não mentem.

    os caras conseguiram apresentar e desenvolver satisfatoriamente uma personagem em apenas um episódio. me refiro aquela ruiva. tem seriados que não conseguem fazer isso em uma temporada inteira.

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