Crítica | Six Feet Under (A Sete Palmos)

Se você procurar por listas de melhores series finales de todos os tempos provavelmente encontrará o de A Sete Palmos ocupando os primeiros lugares de várias delas. Não sem motivos. A questão é que ele só é tão arrebatador e memorável justamente pela cativante jornada de cinco temporadas que passamos ao lado da família Fisher.

Muitos podem perguntar se ainda vale à pena assistir ao seriado atualmente, já que ele é de 2001. A resposta é sim. A série era muito a frente do seu tempo, abordando e aprofundando temas um tanto espinhosos para a época. E ela fazia isso misturando drama e um humor inspirado, com um texto preciso potencializado pelo ótimo elenco. Revendo em 2024 percebemos que ela envelheceu bem.

A família Fisher é dona de uma casa funerária, então a morte literalmente sempre esteve rondando a todos. Após a morte do patriarca no primeiro episódio fica a dúvida de como as coisas seguirão a partir daí.

Cada arco narrativo é desenvolvido com maestria. Nos envolvemos, vibramos, passamos raiva e nos divertimos com a família e os agregados. Ninguém é deixado de lado pelo roteiro de Alan Ball.

Apesar de não esquecer o humor e de constantemente manter um tom agradável, A Sete Palmos é essencialmente uma grande reflexão sobre a morte. Vemos os personagens lidando com ela das mais variadas formas e isso nos impulsiona a pensar sobre esse assunto considerado tabu por muitos.

Tudo isso para culminar em um final grandioso e emotivo como poucos, daqueles que permanecem na memória por muito tempo. Particularmente, está na minha desde quando o vi pela primeira vez faz mais de uma década. Agradeço a HBO por isso.

A Sete Palmos (Six Feet Under)

Criado por: Alan Ball
Plataforma: Max / Netflix
Ano: 2001
Temporadas: 5
Episódios: 63
Elenco: Peter Krause, Michael C. Hall, Frances Conroy, Lauren Ambrose, Freddy Rodriguez, Mathew St. Patric, Rachel Griffiths