Crítica | Green Day – Saviors

Crítica | Green Day – Saviors

Depois do fraco Father of All Motherfuckers havia muitas dúvidas sobre o Green Day. Com quase 40 anos de uma carreira extremamente bem sucedida, poderia se pensar que a criatividade e a energia deles já tivessem ido para o espaço. Saviors está aqui para acalmar os fãs e mostrar que eles ainda tem muito para oferecer.

Com o retorno de Rob Cavallo na produção, não foi coincidência Saviors trabalhar com elementos de Dookie e American Idiot. É quase uma mistura de ambos temperada com mais de duas décadas de experiência. Eles voltam a ser provocadores e a investir no lado político e na sátira social. Os Estados Unidos não foram poupados na ótima The American Dream is Killing Me. Outros momentos mostram a banda refletindo sobre crescer e amadurecer, como na poética Father to a Son.

Há um equilíbrio entre o pop punk enérgico, o rock alternativo com guitarras distorcidas e algumas baladas para serem entoadas emotivamente pelo público com as lanternas dos celulares acesas em estádios lotados.

Goodnight Adeline com seus versos simples e cativantes e um refrão pegajoso conquista na primeira audição. Trata-se de um Green Day maduro, mas que ainda mantém o frescor dos primeiros anos. Essa tem tudo para fazer parte dos próximos setlists.

Talvez Saviors se beneficiaria de uma redução na duração. Chega um momento que as coisas soam um tanto repetitivas e genéricas, principalmente na última parte do álbum. Nada que tire o brilho desse um tanto surpreendente retorno à forma.

Os mais empolgados já estão querendo considerar Dookie, American Idiot e Saviors como uma “santíssima trindade” da banda. Calma. Vamos deixar o álbum amadurecer nos próximos meses e depois poderemos pensar nisso. De qualquer forma, ele tem qualidade suficiente para entrar nessa conversa. Disso não tenho dúvidas.

Green Day | Saviors

Ano: 2024
Selo: Reprise
Produção:
Rob Cavallo
Favoritas: Goodnight Adeline, Bobby Sox, The American Dream is Killing Me

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

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