Review | The Last of Us – 1×01: When You’re Lost in the Darkness

Review | The Last of Us – 1×01: When You’re Lost in the Darkness

Craig Mazin e a equipe da HBO assumiram um risco ao adaptar um game cheio de fãs e ganhador de vários prêmios. Após esse intenso episódio inicial já podemos dizer que nossas expectativas foram muito bem correspondidas.

Os comentários a seguir falam sobre acontecimentos encontrados em When You’re Lost in the Darknes, primeiro episódio da primeira temporada de The Last of Us.

Uma entrevista realizada no final dos anos 1960 mostra que um arrogante cientista não estava preocupado com uma eventual pandemia causada por vírus. Não. O que ele temia era uma infecção por fungos, dada a capacidade desses organismos de invadir um hospedeiro e controlá-lo.

Essa foi uma maneira inteligente e simples de contextualizar o que vem pela frente sem apelar para diálogos expositivos.

Quem jogou The Last of Us nunca se esquecerá dessa história repleta de drama e intensidade. É uma história simples, mas contada de uma maneira que desperta distintas emoções.

Aparentemente, a equipe da HBO conseguiu pegar o que já era bom e melhorar. Isso acontece pois na série é possível investir em outras perspectivas e adicionar mais camadas para situações e personagens do jogo.

A primeira parte de When You’re Lost in the Darkness acerta em todos os detalhes possíveis ao nos colocar diante dos primeiros eventos de um mundo que será destroçado pelo inesperado.

Já vimos isso antes em filmes e seriados do gênero, mas em The Last of Us é difícil apontar erros. Honestamente, não quero ser o chato de dizer que há algo de errado com a experiência. Simplesmente embarquei na dinâmica de Joel e sua filha Sarah. E também do irmão Tommy, claro.

Era muito importante que o roteiro e as atuações nos fizessem nos importar com os personagens principais. A relação entre Joel e Sarah é daquelas que fascinam por serem realistas e fáceis de se identificar. Há bastante amor entre eles, apesar daquela dificuldade de uma aproximação maior devido a falta de tempo. Inclusive no dia do aniversário de Joel, que na realidade mal lembrava que estava completando mais um ano de vida.

Mas não Sarah. Ela quer proporcionar um toque de felicidade ao pai e decide dar como presente um relógio consertado. E quem sabe comemorar com um bolinho à noite, não é?

Só que esse dia não é um dia comum.

Carros de policia passando a toda velocidade na rua, o noticiário da TV e aviões a jato próximos são indícios de que há algo de muito errado. A certeza vem quando a vizinha idosa e cadeirante de Sarah começa a fazer movimentos anatomicamente estranhos. Até o cachorrinho desconfia de algo. A garota escapa por um triz, mas não por muito tempo.

A noite os problemas chegam para ela e Joel.

Que sequência cheia de tensão. Tudo é construído com bastante cuidado e eficiência. Os ângulos de câmera, a trilha sonora e os efeitos especiais trabalham em conjunto e nos estimulam a produzir descargas adrenérgicas da mesma forma que Joel e Sarah. Nossos olhos ficam grudados na tela e o coração passa dos 100 batimentos por minuto. Estado de alerta total.

O caos absoluto toma conta da cidade com os infectados querendo se alimentar e os sobreviventes fugindo como podem. Uma explosão aqui, uma batida de carro ali e o fim da linha parece chegar com a presença dos militares.

E de fato chegou, pelo menos para Sarah. Como foi doloroso vê-la morrendo ao ser alvejada por um soldado. Sentimos a dor de Joel e temos uma pena enorme da garota. The Last of Us é brutal.

O ano era 2003.

Temos um corte para 20 anos no futuro e testemunhamos como é o “novo normal”.

Nada é mais como antes. Muitos edifícios destruídos, sujeira, bagunça, a natureza selvagem reconquistando seu espaço e uma inevitável desesperança no ar.

Uma organização militar oferece segurança, mas também acaba com a liberdade de quem vive na área protegida. Os Vaga-Lumes são os revolucionários que tentam minar esse domínio.

No meio disso tudo encontramos um Joel envelhecido, vivendo de pequenas missões fora da lei. Não demora muito e o destino o coloca na frente de Ellie, uma garota cuja importância é revelada no final do episódio.

Pelo jeito, ela foi infectada mas não desenvolveu a doença.

Os Vaga-Lumes querem que Joel a transporte para o Oeste. Ele vai com a companhia de Tess e também com uma missão particular: achar o seu irmão que não dá notícias há semanas.

A trilha sonora com Depeche Mode dá um sinal preocupante. É que como bem descobriu Ellie, músicas dos anos 80 significam problema no código de Joel. O caminho rumo ao destino final vai ser cheio de perigos e de momentos inesquecíveis.

O começo de The Last of Us não poderia ser mais promissor.


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The Last of Us

Temporada: 1
Episódio: 01
Título: When You’re Lost in the Darkness
Roteiro: Neil Druckmann, Craig Mazin
Direção: Craig Mazin
Elenco: Pedro Pascal, Bella Ramsey, Nico Parker, Merle Dandridge, Anna Torv
Exibição original: 15 de Janeiro de 2023, HBO Max

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

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