Review | Pacer (2020)

Review | Pacer (2020)

Assim como o cinema, o mundo dos games vêm passando por uma forte onda nostálgica ultimamente. Remakes, sequências de jogos clássicos e jogos com roupagem de game antigo tem saído com bastante frequência (à propósito, ouçam nosso podcast sobre remakes de games), muitas vezes explorando o saudosismo do jogador por certas jóias do passado.

Um destes clássicos é a franquia de corrida futurista Wipeout, que originou-se e fez de sua casa o primeiro console PlayStation, onde foram lançados os três primeiros (e, para muitos, os melhores) jogos da série. Porém, após o fechamento do estúdio responsável pelos jogos (Sony Studios Liverpool, originalmente Psygnosis), os fãs estão órfãos de um novo Wipeout desde 2012. Ou estavam, porque Pacer é quase que um novo título (não oficial) da saga – para bem, ou para mal, tendo inclusive, no time responsável pelo design do jogo, alguns veteranos da Psygnosis que trabalharam no jogo original.

A inspiração é tão evidente que é quase possível confundir vendo um screenshot ou um vídeo curto do jogo. A jogabilidade, o design das pistas e das naves, tudo transpira Wipeout. O mesmo estilo de corrida arcade, com uso pesado de power-ups para subjugar seus oponentes está presente. Para fãs da saga, um presente; no entanto, é triste pensar que os desenvolvedores poderiam ter se esforçado para criar uma identidade mais própria. Acaba que, apesar dos belos visuais, o jogo em termos de ambientação e design parece bem genérico e pouco inspirado.

Contudo a jogabilidade é bastante sólida e tem um pouco mais de personalidade. Uma coisa que Pacer evolui em relação aos Wipeout é a possibilidade de criar diferentes possibilidades de customização do seu veículo e alternar para aquela mais apropriada para determinado tipo de pista.

Os modos de jogo são variados, mas o principal é o modo carreira, que é bem robusto. Basicamente você precisa, além de competir, cumprir certo objetivos determinados pelo seu time, que garantem dinheiro para investir em upgrades. A inteligência artificial é competente, mas para quem quiser um desafio maior pode correr nos modos multiplayer (tanto local quanto online).

No final das contas, Pacer cumpre seu papel em homenagear o clássico que o inspirou, mas fica aquele gostinho de “poderia ser mais”. É um arcade racer competente, desafiador e bem equilibrado, mas com pouca inspiração. Se você é fã do gênero, pode valer a experiência. Caso contrário, procuraria em outro lugar.


Classificação:


Pacer

Plataformas: Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One
Produtora e Desenvolvedora: R8 Games
Ano: 2020

Dario Lima

Dario Lima, além de ser faixa branca em todas as artes marciais e modalidades de combate conhecidas pelo homem, é também formado em Cinema. Mas sua verdadeira paixão são os joguinhos eletrônicos, desde que ganhou um Atari de presente do pai em uma época longínqua em que Menudo tocava nas rádios, Chevette era carro de playboy e McGyver passava na TV nas manhãs de domingo. Escreve sobre games na POCILGA e de vez em quando perturba os outros em algum episódio do Varacast.

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