Sci-Fi | O Universo do Olhar (I Origins, 2014)
O diretor Mike Cahill chamou a atenção dos fãs de ficção científica com o competente A Outra Terra. Era natural ter boas expectativas com O Universo do Olhar, o seu filme seguinte. Apesar de trabalhar com algumas ideias intrigantes, não dá para negar que no geral a experiência decepciona.
Ian Gray é um cientista que quer provar a não existência de Deus. Para isso, ele vai em busca de provas de que o olho humano evoluiu, ao invés de simplesmente ter “surgido”.
Personagens rasos e diálogos pouco inspirados tornam O Universo do Olhar um arrastado. Existe um momento mais intenso e surpreendente na primeira metade, mas depois as coisas voltam ao ritmo cambaleante.
O embate entre a ciência e a espiritualidade poderia ter sido melhor aproveitado. O diretor Mike Cahill mostrou uma mão pesada na condução da história, investindo em analogias que não agregam muita coisa.
Para piorar, o desfecho tenta, mas não consegue alcançar o teor dramático que queria.
É mais um daqueles casos de um bom potencial que não foi devidamente explorado.
Sem dúvidas seu filme anterior é melhor e mais acertado, mas não desgosto desse não.
Cheguei a comentar sobre ele no porraman: http://www.porraman.com/2015/02/i-origins-filme-critica/
“É fato que no desfecho Cahill exagera um pouco na dose do misticismo e aqueles que não são muito afeitos a visões espirituais podem acabar se chateando um pouco”
isso me incomodou muito.
para mim é um filme mediano, que tenho certeza que não irei assistir novamente.
de qq forma, quero ver o que o diretor fará em seguida.