Crítica | Rei Arthur: A Lenda da Espada
A lenda do Rei Arthur já foi explorada até não poder mais nos cinemas, livros e também na TV. Só mesmo um cara como Guy Ritchie poderia tornar algo assim tão batido como “A Lenda da Espada” em uma produção deveras divertida e surtada, ainda que tenha suas falhas e clichês.
Na trama conhecemos a história de vida de Arthur (Charlie Hunnam, “Pacific Rim“), um jovem das ruas que controla os becos de Londonium e desconhece sua predestinação até o momento em que entra em contato pela primeira vez com a famosa espada Excalibur. Desafiado pela espada, ele precisa tomar difíceis decisões, enfrentar seus demônios e aprender a dominar o poder que possui para conseguir, enfim, unir seu povo e partir para a luta contra o tirano Vortigern (Jude Law, Terapia de Risco), que destruiu sua família.
Para quem acompanha os trabalhos de Guy Ritchie o filme traz todo o seu “pacote”, e aí vão desde seus “cortes acelerados” ao filme de “gangue”, e isso tudo misturado numa visão COMPLETAMENTE tresloucada sobre a lenda do Rei Arthur. Bolas de fogo (de vários d6 de dano!), monstros gigantes, seres fantásticos, magias top, lutadores de kung fu (sim) e tantas outras maluquices acabam fazendo valer a sessão, principalmente se você for fã de videogames ou RPG no melhor estilo Dungeons & Dragons (com direito a mapinha, mostrar a dungeon de cima e até luta final com chefão em uma sala de luta que mais parece ter saído de alguma fase perdida do Mortal Kombat).
Existe uma pequena ‘barriga’ no filme que, em certo ponto, deixa as coisas um pouco ‘paradas’ e dá a sensação que o filme poderia ser um pouco mais curto e, verdade seja dita, tem alguns clichês que para alguns podem ser difíceis de relevar, mas para quem abrir o coração e gostar deste tipo de fantasia medieval épica-mágica tem tudo para curtir esse novo trabalho do Guy Ritchie.
Uma frase: “Eu estou aqui agora por sua causa. Você me criou. E, por isto, eu te abençôo.”
Uma cena: Quando Arthur explica para o enviado do rei interpretado por Michael McElhatton (que fazia Roose Bolton em Game of Thrones) o que aconteceu em seu ‘estabelecimento’ e ele começa com: “Bom, eu acordei…”
Uma curiosidade: O ex-jogador e cavaleiro da Inglaterra David Beckham faz uma participação no filme.
Rei Arthur: A Lenda da Espada (King Arthur: The Legend of the Sword
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Joby Harold, Guy Ritchie, Lionel Wigram e David Dobkin.
Elenco: Charlie Hunnam, Astrid Bergès-Frisbey, Jude Law, Djimon Hounsou, Eric Bana, Aidan Gillen, Katie McGrath, Freddie Fox.
Gênero: Fantasia Medieval, Ação, Aventura.
Ano: 2017
Duração: 126 minutos.
Graus de KB: 2! Jude Law fez O Aviador (2004) com Al Coronel que fez A Escuridão (2016) com Kevin Bacon.
Ótimo texto! Apesar do tema ‘batido’, acredito que valha a pena assistir A lenda da espada. Infelizmente, por agora não tenho essa capacidade ainda de entender os filmes nos cinemas aqui da Rússia, já que todas as cópias são dubladas rs
E olha que é um filme que não deixa de ter seu caráter político viu. Há, por exemplo, a sutil crítica ao sistema e a celebração à transgressão e a desobediência civil (vide os meninos pichadores sendo recolhidos pelos agentes do Estado, truculentos e autoritários). Dória, por exemplo, não vai curtir.
Vale sim Tássya, apesar que alguns sites de círitca ~especializado~estarem metendo o pau.
Ps: Sr. Bastos, realmente esqueci de falar sobre os pichadores do filme, Dória iria adorar trabalhar pra Vortigern
Guy Ritchie é um bom diretor, tem um estilo bem próprio e peculiar, mas não me deu tanta vontade de assim de assistir a este “Rei Arthur: A Lenda da Espada”, apesar de seu ótimo texto sobre o filme.