Crítica | Ouija – Origem do mal (Origin of Evil)

Crítica | Ouija – Origem do mal (Origin of Evil)

Quando bem feito, um filme de terror com um background vintage, em um tempo sem câmeras de alta resolução, celulares, gps e internet, deixa tudo ainda mais assustador. Os filmes que beberam nessa fonte e conseguiram mostrar uma sensação de medo genuíno contaram com uma direção firme e madura para aproveitar todos os elementos que a época das histórias ofereciam, a exemplo de Invocação do Mal (2013) e A Bruxa (2015).

Nesta mesma linha somos apresentados a Ouija – Origem do Mal, mostrando que mesmo um filme sem novos elementos e uma história simples pode ser bom e não apelar para sustos baratos. Um dos grandes méritos disso é o diretor/ roteirista Mike Flanagan que construiu um ambiente que vai sufocando a medida que o filme avança e um olhar nada conservador para personagens a qual vamos torcer até o fim.

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A história de Ouija – Origem do Mal se passa em Los Angeles no ano de 1967 quando uma mulher fica viúva e precisa cuidar das duas filhas, a adolescente Pauline e a pequena Doris. A mãe, Alice é uma mulher que vende-se como vidente aplicando golpes em pessoas que a procuram para tentar se comunicar com os mortos; Pauline é uma adolescente que ajuda a mãe na aplicação dos golpes e tenta aproveitar um pouco de uma adolescência rebelde, indo escondida beber na casa de uma amiga; e por ultimo temos Doris, uma criança introvertida que sofre muito com a recente morte do pai e tem uma inocência tocante, nem mesmo entende que o trabalho da mãe é iludir as pessoas. Além desta família nada convencional outro personagem importante é um Padre que deixa o tempo inteiro uma dúvida no ar se ele realmente corresponde o flerte de Alice, gerando outro personagem duvidoso.

Quando um tabuleiro de Ouija entra na casa da familia Zander, aquilo que começou como fraude ganha ares seriedade. Primeiro a possibilidade real de contatar uma pessoa já falecida perturba muito a família que ainda sofre muito com a morte prematura do pai. Depois da mistura de sentimentos inicial, o que parecia uma forma realmente honesta de ganhar dinheiro ganha forma de maldição e a vida de todos passa a ser ameaçada por um terror que eles não sabem como lidar. Ouija – Origem do Mal surpreende pela fórmula simples porém eficiente de apresentar uma historia batida com toques de terror moderno.

 


Uma frase: Você sabe qual é a sensação de ser estrangulada até a morte?

Uma cena: Quando Doris utiliza uma peça do tabuleiro Ouija para tentar visualizar os espíritos!

Uma curiosidade: O diretor/ produtor do filme, Mike Flanagan, também foi responsável pelo sucesso de público O Espelho (Osculus) terror de 2013.

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Ouija (Ouija – Origem do Mal)cartaz

Direção: Mike Flanagan
Roteiro: Mike Flanagan, Jeff Howard
Elenco: Elizabeth Reaser, Lulu Wilson, Annalise Basso, Henry Thomas, Parker Mack
Gênero: Terror
Ano: 2016
Duração: 99 min

 

Dani Vidal

Uma criatura meio doida que lembra a irmã do Ferris Bueller, finge que é nerd, adora filmes de terror mas tem medo de comédias românticas.

2 comentários sobre “Crítica | Ouija – Origem do mal (Origin of Evil)

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