Review | Dogurai
Dogurai é mais um jogo indie brasileiro desenvolvido pela QUByte Interactive, a mesma de Cosmonauta – só que aqui em parceria com a Hungry Bear Games. O game é de plataforma 2D, com uma boa influência de Ninja Gaiden – assim como The Messenger. O diferencial dele é o estilo do gráfico retrô que faz uma bela homenagem aos jogos do Gameboy, assim como a trilha sonora.
Por seguir a linha dos jogos do clássico videogame portátil da Nintendo, cada fase tem uma cor predominante nos gráficos. A resolução da tela também é um pouco menor, mas pode ser um usado um zoom nas opções para ficar um pouco maior. É o tipo de game que é ideal para ser jogar em uma plataforma portátil, como o Nintendo Switch oferece, mas também está disponível para PlayStation 4, Microsoft Windows e Linux.
Em Dogurai o jogador controle um cachorro ninja, ou samurai para se ater ao título do game, chamado Bones que precisa derrotar vários robôs inimigos. Segundo o release do jogo, o personagem está aposentado das forças especiais e precisa voltar à ativa para eliminar uma nova ameaça.
A mecânica do game segue bem a linha básica de jogos de plataforma 2D onde basicamente um botão pula, com direito a pulo duplo apertando novamente, e outro de ataque. Apertando pulo e direcional para baixo (ou um terceiro botão) o personagem dá um “slide” – tipo um “deslizamento”.
O jogador precisa ficar atento ao uso da espada pois não é possível ficar pressionando o botão repetidamente, então é necessário ser mais preciso com os ataques aos inimigos, principalmente durante os pulos. Existem alguns adversários tem uma mecânica onde ao atacar é preciso acertar uma sequência de comandos no direcional para derrotá-lo, se aplicando também aos chefes de fase.
O jogo é curto, tem apenas 8 fases, mas cada nível apresenta um grau de dificuldade razoável. O principal desafio é atravessá-las, sendo que em alguns momentos existem caminhos diferentes que podem ser seguidos. Uma boa surpresa é o uso de um moto em um determinado nível, que é bem divertido. Além disso, cada uma das fases tem um inimigo final, sendo que eles mostram desafios moderados, crescendo ao ir passando de fase.
Perto do final Dogurai faz algo que era comum em alguns games beat´em up e o jogador precisa derrotar novamente 4 inimigos de fase repetidos para seguir em frente. O problema é que os arcades faziam isso para obrigar o jogador a gastar mais fichas, mas no jogo brasileiro parece um pouco de falta de imaginação.
Em compensação, os cenários são bem inspirados e exploram diversos tipos de estágios, sendo uns com pegada mais urbana e outros com céu aberto, sempre com um tom meio futurista e distópico.
Em síntese, Dogurai é um jogo simples e divertido, que conta com um protagonista carismático e aposta em um visual retrô dos clássicos videogames portáteis para entregar ao jogador uma experiência nostálgica e prazerosa.
Classificação:
Dogurai
Plataformas: Nintendo Switch, PlayStation 4, Microsoft Windows e Linux
Produtora e Desenvolvedora: Hungry Bear Games e QUByte Interactive
Ano: 2019