Resenha de Livro | O Senhor das Moscas
É mais do que justo chamar O Senhor das Moscas de William Golding de clássico, não é? Muitos devem conhecer a história graças ao filme de 1990, que fez sucesso em termos de público. Se você gostou do que viu, não hesite em dar uma chance a este livro publicado em 1954.
Tudo tem início com um bando de garotos ingleses que sobreviveram a uma queda de avião. Eles estão em uma ilha aparentemente inabitada e sem adultos para cuidarem deles. Não será fácil, mas eles terão que se organizar de alguma forma. Jack torna-se um líder natural e com a ajuda de Porquinho, ele tem as ideias mais sensatas se considerarmos a possibilidade de um resgate. Já o agressivo Ralph pensa de outra maneira. Para ele, o mais importante é caçar para não morrer de fome.
Os garotos se sentem livres, mas a liberdade tem o seu preço. Sem as amarras da sociedade a verdadeiras personalidade de cada um irá se mostrar. A selvageria e o desejo de violência pode tomar conta do grupo. Por mais que alguns discursos soem razoáveis, a maioria pode não se convencer. Coitados daqueles que não se sentirem incluídos. Nossa conexão mais óbvia é com Porquinho, o gordo míope e asmático, alvo de bullying, mas também o mais inteligente.
Alegórico e estruturado com zelo por William Golding, O Senhor das Moscas tem seus momentos perturbadoramente inesquecíveis. Aos poucos percebemos que é muito difícil que as coisas acabem bem para todo mundo. Muito do que acontece na trama possibilita interpretações, mas é permitido também entender tudo de maneira simples e direta.
Não considero O Senhor das Moscas uma obra-prima, mas é impossível não exaltar as qualidades de uma experiência tão forte como essa.
Li esse livro poucos anos atrás depois da insistência de um grande brother meu e não me arrependi. Só vim me arrepender quando fui ver um dos filmes baseados nele. Parece que vi o errado, vou tentar ver que foi lançado nos idos dos anos 60
Dizem que o de 60 é melhor…
Você trocou o nome dos personagens Ralph e Jack 🙂