Crítica | Toc Toc Toc: Ecos do Além

Todas as noites, Peter (Woody Norman), escuta batidas e ruídos vindos da parede de seu quarto. Assustado, o garotinho chama pelos pais, que insistem que tudo é fruto da imaginação criativa dele. Inspirado em um conto de Edgar Allan Poe, Toc Toc Toc: Ecos do Além usa uma premissa batida, mas que teria potencial, não fosse o fiasco que é o desfecho do longa.
Com uma ambientação digna de época de Halloween, Ecos do Além traz quase tudo que o um bom filme de terror precisa: cenários macabros, segredos, uma cidadezinha assustadora e uma criança curiosa. A fotografia é muito bem feita, com jogos de luz e sombra que ajudam a compor o ambiente espectral e assustador das cenas.
Antony Starr (The Boys) e Lizzy Caplan (Atração Fatal) interpretam os pais abusivos de Peter. Destaque para Starr que, com apenas um olhar, é capaz de trazer medo e tensão durante seu tempo de tela, tal como o faz ao interpretar um psicopata com super poderes em The Boys.

Contudo, nem mesmo as boas interpretações e os cenários sombrios são capazes de salvar o espectador da segunda metade do longa. Cenas ruins, efeitos especiais que deixam a desejar e um vilão bizarro – não porque improvável, mas sim porque ridículo – arruinam qualquer possibilidade de um filme de terror bem sucedido.
Toc Toc Toc: -Ecos do Além tenta subverter o terror e elevá-lo a outro nível, mas, escorrega no tomate e torna-se algo que beira o patético.

Uma frase: – Mark: “O que você fez, Peter?”
Uma cena: Mark (Antony Starr) no canto do quarto de Peter, à noite.
Uma curiosidade: O diretor, Samuel Bodin, é o mesmo da série de terror Marianne, da Netflix.

Toc Toc Toc: Ecos do Além (Cobweb)
Direção: Samuel Bodin
Roteiro: Chris Thomas Devlin
Elenco: Lizzy Caplan, Woody Norman, Cleopatra Coleman e Antony Starr
Gênero: Terror, Suspense
Ano: 2023
Duração: 88 minutos