Crítica | Trem-Bala (Bullet Train)

Crítica | Trem-Bala (Bullet Train)

Humor ácido e violência gratuita são marcas registradas do novo filme de David Leitch (Deadpool 2), Trem-Bala. Estrelado por Brad Pitt, o longa conta com boas e divertidas cenas de luta, atuações leves e diálogos insanos que remetem a filmes de Quentin Tarantino. Além de Pitt, recheiam o elenco grandes nomes como Joey King, Aaron Taylor-Johnson, Michael Shannon, Hiroyuki Sanada e outros.

Baseado no livro japonês chamado Maria Beetle, do autor Kotaro Isaka, o filme conta a história de Ladybug (Brad Pitt), um assassino azarado que está prestes a desistir da carreira após missões conturbadas e é convocado pela chefe, Maria Beetle (Sandra Bullock) para apanhar uma maleta dentro de um trem-bala que ruma à cidade de Kyoto. Para o azar de Ladybug, mais 6 assassinos estão no mesmo trem, levando o espectador a um deja vu à la Agatha Christie. Muito embora tenham diferentes agendas, todos os matadores possuem algo em comum.

A estética do filme é moderna, brilhante e ultra colorida, combinando com a atmosfera japonesa, local onde se passa a história e com o ritmo alucinado do longa. Muito embora todo o filme se passe dentro do trem, há cenas de ação dignas de Jackie Chan que, além de não serem cansativas, chegam a ser engraçadas. Destaque para a luta entre Bad Bunny (The Wolf) e Pitt, que arranca boas risadas.

Apesar de ter alívios cômicos que nem sempre funcionam, o filme cativa no elenco. O carisma dos atores funciona como imã entre o espectador e a trama. Um viva à Joey King que, com a personagem Prince, se aproveita do machismo estrutural para alcançar seus interesses. Mesmo com poucas personagens femininas, as mulheres do filme, por vezes, roubam a cena, mesmo com pouco tempo em cena.

O roteiro de Zak Olkewicz se esforça para não deixar pontas soltas em uma trama que reúne 7 assassinos em um trem e consegue entreter com humor, muita luta e diálogos inusitados. A trilha sonora surpreende, em especial os grandes sucessos interpretados por cantores japoneses como Stayin Alive, dos Bee Gees.


Uma frase: “A minha falta de sorte é bíblica! Nem quando eu não estou tentando matar alguém, alguém morre!”.

Uma cena: Ladybug sendo arremessado durante a colisão de trens.

Uma curiosidade: Sandra Bullock substituiu Lady Gaga nesse filme.


Trem-Bala (Bullet Train)

Direção: David Leitch
Roteiro: Zak Olkewicz
Elenco: Brad Pitt, Joey King, Aaron Taylor-Johnson, Brian Tyree Henry, Andrew Koji, Hiroyuki Sanada, Michael Shannon, Benito A Martínez Ocasio e Sandra Bullock
Gênero: Ação, Suspense
Ano: 2022
Duração: 126 minutos

Elaine Fonseca

Jornalista, servidora pública e nerd.

2 comentários sobre “Crítica | Trem-Bala (Bullet Train)

  1. Eu diria que além de Tarantino com os diálogos rápidos e cheios de referências pop (apesar de não serem tão sutis e “refinados” quanto), também tem um pouco de Guy Ritchie nesse filme. É sem dúvidas um dos filmes mais divertidos do ano até agora. E pra mim a melhor cena é a história da garrafa de água. kkk

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