Review | Gris (2018)

Review | Gris (2018)

Gris é uma obra de arte em forma de game indie produzido pela espanhola Nomada Studio. A primeira coisa que chama a atenção no jogo é o seu incrível visual. Os desenhos são lindos e tem uma pegada mais artesanal, como uma ilustração feito à mão.

Inicialmente é um jogo minimalista onde o jogador tenta entender o que deve fazer. A protagonista é uma jovem chamada Gris. A encontramos quando ela acorda na palma da mão de uma estátua. Ela tenta cantar, mas não consegue e sente como se estivesse engasgada. A estátua deixa a garota cair em uma terra incolor, é aí que o jogo começa.

Seu objetivo é coletar pontos de luz que lembram estrelas e adquirir novas habilidades, como se transformar em um bloco de pedra, para conseguir solucionar os puzzles. Os pontos de luz também formam constelações que permitem que Gris alcance novos lugares.

O jogo é basicamente uma aventura de plataforma em 2D, no entanto aos poucos ele apresenta diversas surpresas. O principal ponto é descobrir o que fazer. Inicialmente o game causa um certo estranhamento, mas aos poucos o jogador cria uma conexão emocional com ele.

Isso é uma grande façanha, já que Gris não tem bem uma narrativa com diálogos e explicações, mas com seu tom minimalista a trama te conquista e é difícil não se emocionar no final, que é uma das coisas mais lindas do mundo dos games da atualidade.

São muitas escadas com subidas e descidas, mas depois surgem outros elementos como água e ar. É interessante como o jogo explora o cenário e a profundidade, ou em como paredes que na verdade podem ser atravessadas, já que na verdade você passa por detrás dela em alguns momentos.

Outro ponto interessante é a perspectiva em relação à Gris. O jogo alterna a proximidade da câmera, ficando mais próxima na maior parte do tempo, mas se distanciando ao chegar em novos pontos do cenário para dar a dimensão do tamanho deles. Isso é fascinante, já que dessa forma o game alterna entre um clima mais intimista, com uma trilha sonora mais ambiente, com algo mais épico, principalmente graças a grandiosidade das fases.

E as novas habilidades proporcionam uma nova mecânica para o jogo cada vez que você avança, fazendo com que o game não se torne repetitivo. Além disso, Gris mostra que é ao mesmo tempo simples, começando inicialmente apenas com o uso do direcional e um botão de pulo, depois explorando uma jogabilidade mais complexa, mas sem perder a simplicidade.

Em síntese, Gris é mais uma prova da qualidade dos games indie, que estão sempre explorando o mundo dos videogames de forma criativa e interessante. O jogo da Nomada Studio surpreende principalmente graças ao visual incrível, mas também entrega ao jogador uma jornada divertida, surpreendente e emocionante.


Classificação:


Gris

Plataformas: macOS, Microsoft Windows, Nintendo Switch, iOS, PlayStation 4 e Android
Produtora: Devolver Digital
Desenvolvedora:
Nomada Studio
Ano: 2018

Ramon Prates

Analista de sistemas nascido em Salvador (BA) em 1980, mas atualmente morando em Brasília (DF). Cinema é sem dúvidas o meu hobby favorito. Assisto a filmes desde pequeno influenciado principalmente por meus pais e meu avô materno. Em seguida vem a música, principalmente rock e pop.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *