Crítica | Ilha dos Cachorros (Isle of Dogs, 2018)

Crítica | Ilha dos Cachorros (Isle of Dogs, 2018)

A trama de Ilha dos Cachorros mostra o Japão em um futuro distópico no qual todos os cães são enviados para uma ilha afastada, um verdadeiro lixão da cidade. Para piorar a já difícil situação dos caninos, o prefeito pretende matar todos eles em breve. Um garoto de 12 anos chamado Atari parte em uma jornada para tentar resgatar o seu cão de guarda.

Trabalhar com animações é uma sábia escolha do diretor Wes Anderson. Neste formato, ele é capaz de potencializar suas marcantes características e nos oferecer uma rica experiência visual.  É uma pena que o enredo não seja tão bem trabalhado como a parte técnica. Sabe aqueles filmes que obviamente tem uma duração maior do que deveriam ter? É o caso aqui.

Ilha dos Cachorros tem seus momentos inspirados e sua dose de carga dramática. Ver Atari tentando interagir com o cachorro Chief rende algumas risadas e posteriormente emoção. Wes Anderson faz algumas críticas sociais no meio da história, mas nada muito elaborado. A jornada de Atari e o visual é o que realmente importa, com direito a surpresas pelo caminho.

A animação é um pouco diferente do que a maior parte do público está acostumado. Até os diálogos fogem do comum, já que os personagens falam pausadamente e colocam drama em tudo. São amostras do humor peculiar do diretor.

Infelizmente, o roteiro perde força no ato final exagerado e levemente confuso. Se o nível tivesse sido mantido, estaríamos diante de um merecedor de cinco bacons.



Ilha dos Cachorros, cartazIlha dos Cachorros (Isle of Dogs)

Direção: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson, Roman Coppola, Jason Schwartzman
Elenco: Bryan Cranston, Koyu Rankin, Edward Norton
Gênero: Animação
Ano: 2018
Duração: 101 minutos
Info: IMDb

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

3 comentários sobre “Crítica | Ilha dos Cachorros (Isle of Dogs, 2018)

  1. Os trabalhos de Wes Anderson melhoram a cada novo filme. Os filmes antigos do diretor são cults, porém irregulares.

    Os dois últimos são ótimos. “Moonrise Kingdom” e “O Grande Hotel Budapeste” elevaram o diretor a um novo patamar de qualidade.

    O estilo peculiar dele se casa perfeitamente com esta ótima animação indicada para jovens e adultos. As crianças acostumadas com os estilos Disney e Pixar vão se decepcionar um pouco.

    Abraço

  2. Gosto dos filmes do Wes principalmente por conta da fotografia e todo o trabalho maravilhoso que ele faz em relação a direção de arte. Seu estilo é muito próprio ainda que siga algumas coisas mais convencionais do cinemão.

    Ilha dos Cães tem um visual fantástico e acho que o seu humor é excelente, não é mesmo daqueles filmes de gargalhar e, de fato, Wes já entregou trabalhos com roteiros mais bem trabalhados, ainda assim acho que este é um dos melhores filmes deste ano.

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