Crítica | Sol da Meia-Noite (Midnight Sun)

Crítica | Sol da Meia-Noite (Midnight Sun)

A luz solar é a principal fonte de energia da Terra. Os ciclos solares ordenam nossa noção de dia e noite, definem as estações do ano e ainda equilibram os ecossistemas do planeta. A estrela central do sistema solar é, inclusive, objeto de veneração da cultura humana há milênios. Agora, imagine só, ser privado de um bem tão precioso para nossa espécie? Essa é principal questão posta em Sol da Meia-Noite cujo roteiro é adaptado do filme japonês Taiyo no uta, que por sua vez foi baseado no mangá de Kenji Bando com o mesmo nome.

No longa, Katie Price (Bella Thorne) é uma adolescente de 17 anos que desde a infância é impedida de se expor ao sol em razão de uma rara doença genética conhecida com XP (Xeroderma Pigmentosum). A jovem ama música e vive confinada em seu quarto durante os dias, sob a proteção do pai Jack Price (Rob Riggle) e a companhia zelosa da única amiga, Morgan (Quinn Shephard). A rotina da personagem muda quando, no verão, ela começa um relacionamento com Charlie Reed (Patrick Schwarzenegger), um estudante popular do principal colégio do bairro.

Sol da Meia-Noite, foto

O deslumbramento com o novo amor — que lhe permite vivenciar experiências da vida de uma pessoa saudável — faz Katie decidir manter em segredo sua condição. Com o passar dos dias, ou melhor, das noites de encontro, os dois ficam cada vez mais próximos, mais apaixonados e mais envolvidos. Até que Charlie surpreende a namorada com uma noite especial, que termina na praia, com o casal dormindo sob o luar. As horas passam e a adolescente não se dá conta de que o sol está prestes a nascer. A partir daí, é só lágrimas.

Sob direção de Scott Speer, o filme lembra muito outro recente sucesso do gênero: A Culpa é das Estrelas. São injetados no espectador doses cavalares de romance adolescente e drama. E, com certa maestria, os diálogos são inteligentes e bem construídos. Além disso, poesia e música completam o combo romântico-juvenil, cheio dos recorrentes clichês conhecidos e bem recebidos pelos amantes de um bom longa “sessão da tarde“. É aquele tipo de cinema que, ao mesmo tempo, faz o público desidratar de tanto chorar, mas é reconfortante pelas mensagens de amor que transmite.

Sol da Meia-Noite, foto


Uma frase: – Katie: “Estou muito ocupada durante o dia, mas estou livre à noite”.

Uma cena: Quando Katie assiste, pela primeira vez, o pôr-do-sol.

Uma curiosidade: O ator Patrick Schwarzenegger é filho mais velho do astro Arnold Schwarzenegger.


Sol da Meia-Noite, cartazSol da Meia-Noite (Midnight Sun)

Direção: Scott Speer
Roteiro:
Kenji Bando e Eric Kirsten
Elenco: Bella Thorne, Patrick Schwarzenegger, Rob Riggle e Quinn Shephard
Gênero: Drama, Romance
Ano: 2018
Duração: 91 minutos

Bianca Nascimento

Filha dos anos 80, a Não Traumatizada, Mãe de Plantas, Rainha de Memes, Rainha dos Gifs e dos Primeiros Funks Melody, Quebradora de Correntes da Internet, Senhora dos Sete Chopes, Khaleesi das Leituras Incompletas, a Primeira de Seu Nome.

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