Crítica | Diários de Motocicleta (2004)

Crítica | Diários de Motocicleta (2004)

Em 1952 Ernesto Che Guevera e Alberto Granado percorreram a América do Sul na combalida moto carinhosamente chamada de ‘A Poderosa’. Ernesto estava no último ano de medicina e Granado já era um bioquímico formado. Ambos tinham interesse na hanseníase e um dos objetivos da viagem era justamente aprender mais sobre a doença e os doentes. No caminho, descobriram que a própria América do Sul é que estava doente.

Eles passaram pela Argentina, Chile, Peru e Venezuela. Tiveram muitas oportunidades de conhecer coisas que só liam nos livros. Viram com os próprios olhos como o continente é fascinante, mas também como ele é repleto de injustiças sociais. Diários de Motocicleta é um road movie que soa como uma carta de amor à nossa terra e também mostra o futuro revolucionário Ernesto moldando suas convicções.

Trata-se de uma experiência muitas vezes divertida, mas principalmente poética e crítica. A trilha sonora de Gustavo Santaolalla evoca a beleza e a melancolia da jornada e se torna um aspecto essencial do filme. Tudo culmina em um ato final que evidencia que Ernesto não seria mais o mesmo. Antes era apenas um idealista com boas intenções, depois torna-se alguém disposto a agir.


5 Kevin Bacons

Uma frase: “Andar pela América me mudou mais do que imaginava. Não sou mais eu. Pelo menos não sou o mesmo eu que eu era.”

Uma cena: Ernesto escrevendo no seu diário nas ruínas incas de Machu Picchu

Uma curiosidade: Gustavo Santaolalla compôs a trilha sonora baseando-se apenas no roteiro. Walter Salles não havia mostrado as cenas a ele.


Diários de Motocicleta (Diarios de Motocicleta)

Direção: Walter Salles
Roteiro: Jose Rivera
Elenco: Gael García Bernal, Rodrigo de La Serna
Gênero: Aventura, Biografia, Drama
Ano: 2004
Duração: 126 minutos.
Info: IMDb

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

Um comentário em “Crítica | Diários de Motocicleta (2004)

  1. Gosto muito de “Diários de Motocicleta”, especialmente por nos mostrar um período da vida de Che Guevara em que ele ainda não era a personalidade em que se transformou. Acho que o que Walter Salles tenta capturar é justamente o momento de mudança na vida dele, em que, por meio do contato com outras culturas e países, nessa viagem, ele encontrou o seu mote para lutar.

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