Crítica | Pulp Fiction (1994)

Crítica | Pulp Fiction (1994)

Quentin Tarantino já havia mostrado a que veio com o ótimo Cães de Aluguel, mas foi com Pulp Fiction que ele ficou marcado como um dos grandes diretores da sua geração. Já nas primeiras sequências conseguimos compreender o porquê. Durante o seu lançamento, o filme chocou o mundo do cinema pela violência, mas o público mais atento percebeu que estava diante de uma experiência diferenciada.

A trama é simples, mas a forma como ela é contada e os diálogos escritos com perfeição fazem do filme uma obra-prima. Temos aqui três histórias que se conectam contadas de maneira não linear. Não se trata de um mero exercício de estilo. A opção por essa narrativa aumenta nossas expectativas e engrandece o enredo. Detalhes que percebemos na primeira sequência são usados na última, coisas ditas em um momento são recuperadas no outro. Isso é fruto da qualidade de alguém que tem total domínio da sua criação.

Pulp Fiction oferece um verdadeiro festival de cenas inesquecíveis. Talvez a mais lembrada seja a dança de Vincent Vega e Mia Wallace, mas há também o discurso de Jules antes de matar os seus alvos, a conversa sobre silêncios desconfortáveis, a polêmica sobre o quão sexual é uma massagem no pé e muito mais.

Um elenco inspirado e uma trilha sonora escolhida a dedo colaboram para o sucesso da experiência. O filme colocou John Travolta no mapa novamente, com direito a uma indicação ao Oscar. Falando em Oscar, Pulp Fiction só levou para casa o prêmio de melhor roteiro e teve 7 indicações. Pouco para um filme desse nível, mas até que foi bastante se pensarmos no conservadorismo da academia. Quanto a trilha, tem Al Green, Dusty Springfield, Chuck Berry e Urge Overkill, só para citar alguns.

Este é um daqueles que filmes que posso rever várias vezes e continuar me impressionando e notando coisas novas. Apesar de gostar muito de Bastardos Inglórios, Pulp Fiction é ainda o meu preferido do diretor.


5 Kevin Bacons

Uma frase: “Se minhas respostas te deixam com medo então você deveria parar de fazer perguntas assustadoras.” 

Uma cena: A dança de Mia e Vincent Vega no Jack Rabbit Slims.

Uma curiosidade: Bruce Willis filmou suas cenas em apenas 18 dias.

 

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Pulp Fiction: Tempo de Violência (Pulp Fiction)

Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Bruce Willis
Gênero: Crime, Drama
Ano: 1994
Duração: 154 minutos
Info: IMDb

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

2 comentários sobre “Crítica | Pulp Fiction (1994)

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