Review | Super Mario Odyssey

Review | Super Mario Odyssey

É incrível a capacidade da Nintendo em reinventar os jogos da franquia Mario, mas sem deixar que eles percam a essência que vem desde o 1º game em 8 bits. “Super Mario Odyssey” é uma evolução natural de “Super Mario Galaxy”, do Nintendo Wii, em sua jogabilidade inicial. Entretanto um novo elemento transforma a experiência de jogar: a presença do personagem Cappy. Ele é um tipo de chapéu mágico que possibilita Mario “possuir” certos seres e objetos.

Logo no 1ª mundo o game já apresenta como esse recurso vai ser explorado das formas mais diversas possíveis. Mario assume o corpo de um sapo e dessa forma consegue pular muito mais alto alcançando plataformas inicialmente impossíveis. Pouco depois é a vez de um dinossauro que possibilita o personagem sair destruindo tudo a seu redor de forma voraz. Mas o mais interessante é quando o protagonista se transforma em algum inimigo clássico da franquia como Goombas e Bullet-Bills.

A história de Super Mario Odyssey segue o padrão dos jogos anteriores. Como sempre o inimigo Bowser sequestra a princesa Peach com o objetivo de se casar com ela. Junto a criatura leva também princesa de Cappy, então Mario se junta ao chapéu para salvar suas garotas. Os dois irão cruzar diversos planetas em busca do paradeiro delas e do vilão.

São mais de 16 mundos e em cada um deles o jogador terá que reunir uma quantidade mínima de luas mágicas que servem como combustível para que a nave Odyssey transporte Mario e Cappy entre os planetas. Cada um desses mundos conta com um visual incrível e com características bem interessantes e peculiares. Por exemplo, no Moon Kingdom o jogador tem como desafio a falta de gravidade.

O legal é que cada planeta tem diversas luas escondidas e outras que são adquiridas ao derrotar o chefão dele. Como existe uma quantidade mínima de luas para o jogador coletar para conseguir ir para o próximo mundo, então fica um pouco em aberto a forma, a ordem e quais delas ele vai encontrar. São diversos desafios, alguns deles escondidos, necessários para encontrar as os itens. Assim cada jogador terá uma experiência diferente ao jogar Super Mario Odyssey, podendo escolher se quer encontrar todas as luas antes de passar para a próxima fase ou se prefere apenas coletar o mínimo e seguir adiante. Em alguns momentos é possível também escolher entre dois deles qual o próximo planeta para seguir.

Sem dúvidas o planeta mais divertido e complexo é New Donk City. O lugar é uma cidade urbana, um cenário pouco comum nos jogos do Mario. Existe uma pequena história nele onde um dos objetivos do jogador é encontrar músicos para que a prefeita consiga realizar um festival de música. Outro coisa interessante é a possibilidade do protagonista pilotar uma moto ou entrar em um táxi para se locomover pela cidade, o que transforma a experiência próxima a um Super Mario GTA.

O jogo também faz uma bela homenagem ao primeiro game do Mario. Em alguns mundos existem partes no qual o personagem migra do mundo 3D para um em 2D para enfrentar um determinado desafio. O visual retrô ficou muito bonito, além de ser uma boa forma do jogador ter uma experiência nostálgica, assim como também serve para os mais novos terem contato com a forma clássica de “jogo de plataforma” da franquia.

Outra mudança interessante é que agora o Mario não possui vidas. Quando ele morre perde uma quantidade de moedas, 10 para ser mais exato. Isso é interessante porque durante o jogo vão existir alguns desafios mais difíceis de se enfrentar que fará com que os jogadores morram diversas vezes. Dessa forma a experiência do jogo não se torna frustrante já que as moedas estão por toda a fase e são fáceis de serem coletadas. Mas elas também servem para comprar itens especiais. Existem também um tipo de moeda especial específico de cada planeta que serve para adquirir itens apenas nele. É possível comprar luas mágicas, corações (o life do Mario), e a grande novidade: uniformes. Em cada planeta o jogador pode vestir o Mario de forma diferente e também comprar itens decorativos para enfeitar a Odyssey. Então na hora de comprar os itens é bom pensar direito porque as moedas também são vidas do Mario.

Super Mario Odyssey mostra o diferencial da Nintendo em relação aos outros jogos em que a jogabilidade e a diversão estão acima dos gráficos ou de uma história que siga uma narrativa mais cinematográfica. O visual é lindo da sua própria maneira, sem se preocupar com o realismo, mas sim na beleza do que é visto na tela com cores fortes e vibrantes. É o tipo de game que mesmo após terminá-lo o jogador vai ter vontade de continuar jogando e explorando os mundos para encontrar todas as luas e itens escondidos. Se você ainda tinha dúvidas se deveria comprar ou não um Nintendo Switch, esse game pode ser a resposta que você estava procurando.


Classificação:

 


Super Mario Odyssey

Plataformas: Nintendo Switch
Produtora: Nintendo
Desenvolvedora: Nintendo EPD
Diretor:
Kenta Motokura
Ano: 2017

Ramon Prates

Analista de sistemas nascido em Salvador (BA) em 1980, mas atualmente morando em Brasília (DF). Cinema é sem dúvidas o meu hobby favorito. Assisto a filmes desde pequeno influenciado principalmente por meus pais e meu avô materno. Em seguida vem a música, principalmente rock e pop.

3 comentários sobre “Review | Super Mario Odyssey

  1. Me bateu uma enorme vontade de jogar Mário e acabei comprando um Nintendo Switch. E de fato, Super Mario Odyssey já fez valer a pena o investimento.

    Que mistura perfeita entre inovar e manter a essência dos jogos antigos.

    Bela análise Ramão

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