Crítica | The Leftovers – 3×02: Don’t Be Ridiculous

Crítica | The Leftovers – 3×02: Don’t Be Ridiculous

Como de praxe em The Leftovers, episódios dedicados a Nora Durst são acima da média.

Tudo começou com a morte do vigia da torre. A mulher dele e outras pessoas queriam que se acreditasse que ele teria sido mais uma vítima da Partida Repentina. Mas não foi nada disso. O velho infartou, caiu lá de cima e morreu. No final do episódio, Nora Durst revela isso para todos de maneira impiedosa.

Nora passa por uma estranha e intrigante jornada. E essa jornada ainda responde alguns mistérios, como o paradeiro de Lilly e a razão daquele gesso no braço de Nora.

Mesmo enfrentando inúmeros problemas com dispositivos eletrônicos, Nora consegue se encontrar com Mark Linn-Baker. Ele tem a oferecer algo impensável: a chance de embarcar em uma Partida Repentina fabricada. Uma breve explicação dos mecanismos de como isso seria possível é dada, mas não deve ser o nosso foco. Imaginem a possibilidade disso. Nora obviamente encara a situação principalmente como um golpe a ser desmascarado, mas no fundo uma dúvida paira sobre ela. Ela ainda tem esperança de encontrar os filhos.

A ida para Austrália se aproxima.

Os últimos minutos do episódio se passam na Austrália, com direito até a um atropelamento de canguru. Coitado. E o policial chamado Kevin que foi alvo de um grupo de fanáticas? Elas devem ter lido o Evangelho de Kevin, mas será então que trata-se de um flashfoward? Algo estranho, afinal o pai de Kevin aparece. Acredito que não irá demorar tanto para entendermos isso.

Antes de encerrar o texto, um comentário sobre Mark Linn-Baker. Foi dito em episódios anteriores que todo o elenco principal da sitcom Perfect Strangers havia sumido no 14 de outubro. Depois, descobriu-se que Mark Linn-Baker havia forjado a própria Partida Repentina. E neste episódio, o próprio ator interpretando ele mesmo se mostra muito relevante para a trama. Impressionante a criatividade dos roteiristas. E vocês notaram a música diferente nos créditos iniciais? Nada mais é do que a música de abertura de Perfect Strangers. Que homenagem.

Nunca tinha visto um seriado fazer algo deste tipo. Que maravilha. E que maravilha de episódio. Além de responder a alguns mistérios, ele trabalhou com o emocional de Nora de maneira intensa. E com o nosso também. Será que agora tudo se passará na Austrália? Será que haverá tempo o suficiente de um desfecho digno para tudo o que estamos experimentado? Tudo indica que sim.

 

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

4 comentários sobre “Crítica | The Leftovers – 3×02: Don’t Be Ridiculous

  1. Acho que as moças em seus cavalos foram uma alusão aos Cavaleiros do Apocalipse. Não sei se ali é tão no futuro assim, ficou mesmo em dúvida.

    E pra completar, essa curiosidade em relação a série homenageado foi muito boa hein. Analisando agora nada mais digno do que Perfect Strangers para este episódio e esta série.

    1. Boas sacadas, MM.

      E boa sacada a coisa de Perfect Strangers, Knott. Agora tudo faz mais um pouco de sentido!

      Pra mim a presença de Mark Linn-Baker interpretando ele mesmo foi uma das coisas mais surreais da série. Muito bom!

      E pode ser um flashforward mesmo (também não tinha pensado nisso). Já teve um bem claro no fim do primeiro episódio, né? E sabemos que o Damon adora isso.

      Agora, impossível não notar outras referências bíblicas: o pai de Kevin é claramente Noé, por exemplo.

      Por fim: Nora is a evil bitter bitch! Mas eu adoro a personagem.

      1. Caray, o pai dele ser Noé seria genial hahaha. Pelo menos daria pra salvar uns Cangurivis ali né?

        Fiquei com dó do que foi atropelado

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