Review | The Walking Dead – 7×10: New Best Friends

Review | The Walking Dead – 7×10: New Best Friends

Se eu não fosse fã de The Walking Dead eu não estaria acompanhado o seriado desde 2010. Nessas 7 temporadas, TWD explorou o tema do apocalipse zumbi com maestria, nos reservando momentos brutais e emocionantes. Pode ter havido uma derrapada aqui e ali, mas os roteiristas sempre conseguiram fazer as coisas funcionarem no momento certo. É com certa tristeza que reconheço que a sétima temporada está fraquíssima. Depois do intenso primeiro episódio as coisas foram caindo de qualidade de maneira preocupante, culminando no horroroso Swear, simplesmente uma das piores experiências que a TV nos ofereceu no ano de 2016.

Mas eu ainda acredito na volta por cima, pelo menos com relação a esta temporada. Apesar dos episódios fracos, podemos notar que as coisas estão caminhando para um desfecho com um bom potencial. Só que esse caminho está exigindo muita paciência dos fãs. New Best Friends foi mais um exemplo disso.

Uma das coisas positivas deste episódio é que ele passou rápido. A opção de alternar as cenas de Rick e o novo grupo com as cenas no Reino foi acertada. Em termos de ritmo, foi um bom episódio. Mas qual é a desse novo grupo? Ver aquele povo com cara de bunda, saindo do meio do lixo e da sucata, falando de um jeito bizarro e propondo um desafio absurdo para o Rick foi demais para o bom senso. Tudo bem que The Walking Dead é um seriado sobre zumbis, mas ele sempre prezou pela coerência interna. Como explicar a existência desse grupo? Se estivéssemos uns 30 anos dentro do apocalipse zumbi até dava para tentar entender.

Foi divertido ver Rick enfrentando aquele zumbi com armadura e cheio de armadilhas, mas convenhamos que a ideia por trás disso foi patética. Pareceu algo saído da cabeça de um adolescente.

O fato é que Rick e os outros conseguiram fazer um trato com esse grupo, que possivelmente fará parte do embate final contra os salvadores.

Ah e ficou explicada a atitude do padre Gabriel no episódio anterior. Mais uma forçada de barra dos roteiristas, que tentaram criar um suspense que na verdade nem existia.

Aliás, tentar extrair suspense e conflitos que sabemos que não vão dar em nada tem sido a tônica da temporada. Alguém achou que Richard e Daryl em algum momento iriam ferir seriamente um ao outro? Mais tempo perdido.

E finalmente chegamos ao encontro entre Daryl e Carol. Daryl sentiu que Carol estava prestes a atingir o seu limite e decidiu não revelar o cruel destino de Abraham e Glenn. Honestamente, não sou fã desse tipo de coisa. Qual o motivo de mentir? Poupá-la? Lembremos que Carol viu a própria filha transformada em zumbi ser morta por Rick. Mesmo sendo uma das melhores personagens de The Walking Dead, Carol já estourou a cota de atitudes irritantes.

Acredito que o final desta temporada pode redimir toda essa lenga lenga que estamos testemunhando. Não me levem a mal. Eu gosto de episódios calmos que focam nos dramas pessoais, só que quando eles são pouco interessantes e soam como mero preenchimento de tempo não dá para defender.

A verdade é que me preocupo com o futuro de The Walking Dead. Se Rick e os outros grupos se unirem e de fato conseguirem vencer os Salvadores, o que teremos no futuro? Outro vilão? Será que haverá criatividade suficiente para manter nosso interesse no seriado? Talvez seja a hora de planejar algum tipo de final digno… ou será que teremos quinze temporadas, uns 8 vilões e uma renovação total do elenco? Espero que não.

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

3 comentários sobre “Review | The Walking Dead – 7×10: New Best Friends

  1. Concordo contigo Knott, toda essa nova “comunidade” do lixão pelo amor de Jah. Feita de qq jeito, sem background, uma grande porcaria. É, a cena Mad Max do Zumbi até foi legal, mas realmente tudo por trás disso patético.

    A série está claramente sofrendo por conta de Negan. Ele roubou a série pra si e por não poderem terminar logo com a sua ‘saga’, estão enrolando até não poder mais. Uma pena realmente.

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