Crítica | Toni Erdmann

Crítica | Toni Erdmann

Toni Erdmann, um dos indicados a melhor filme estrangeiro neste Oscar, entusiasmou os críticos. Considerado por muitos como uma experiência hilária e tocante, parecia ser impossível não não embarcar no hype e saborear cada cena desta maravilha do cinema. Após os longos e cansativos 162 minutos, fiquei tentando imaginar onde os críticos estão com a cabeça. Ou será que o problema sou eu? Será que o humor alemão é indecifrável para mim?

Mas o filme tem suas qualidades. A diretora Maren Ade consegue nos mostrar com inteligência o relacionamento distante de um pai e uma filha, ambos solitários por motivos diferentes. Winfried, após perder seu cãozinho, parece não aguentar mais a solidão e decide perseguir e muitas vezes constranger Ines, sua filha. Ines mora em outro país e é uma workaholic, mas isso não impede Winfried de surgir de uma hora para outra com uma dentadura falsa e uma peruca bizarra para tentar alguma conexão com ela.

Li vários textos de pessoas rindo muito com as pegadinhas de Winfried, algo que só posso achar estranho. O nível do humor é tão patético que não merece nem fazer parte dos quadros da Zorra Total. Existe uma exceção, mas ela só ocorre em uma das sequências finais, em uma festa inusitada.

Apesar do tortuoso caminho até o ato final, Toni Erdmann de alguma forma consegue cumprir o papel de mostrar um pouco de emoção em um relacionamento distante. Mas não há nada de catártico, não há nada de rir litros ou algo assim. Trata-se de um filme que trabalha bem com seus personagens, mas é muito lento para chegar aonde pretende.

Não tenho medo de nadar contra a corrente ao afirmar que Toni Erdmann é, no máximo, mediano.

Gostaria de fazer uma pesquisa nos cinemas do brasil e perguntar o que o público achou do filme. Se 10% saírem da sala completamente satisfeitos, eu ficaria surpreso.

Se alguém assistiu Toni Erdmann e acha que ele é digno de louvor, pode comentar aí embaixo.


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Toni Erdmann

Direção: Maren Ade
Roteiro: Maren Ade
Elenco: Sandra Hüller, Peter Simonischek
Gênero: Comédia/Drama
Ano: 2016
Duração: 162 minutos
Info: IMDb

Bruno Brauns

Fã de sci-fi que gosta de expor suas opiniões por aí! Oinc!

Um comentário em “Crítica | Toni Erdmann

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