Crítica | Mogli: O Menino Lobo

Crítica | Mogli: O Menino Lobo

Mundo selvagem…

É nessa realidade que o pequeno Mogli (Neel Sethi) aprendeu a viver desde sempre. Ele agora já consegue se virar sozinho graças a ajuda da pantera Bagheera e de sua família de lobos na qual foi criado pela amorosa e zelosa Raksha. É sob essas bases que um grande clássico infantil é transposto para o cinema em versão “Live Action“, claro que pouco do que está ali é real, graças ao milagre da computação gráfica, que, por sinal, está um show à parte nessa obra.

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Enquanto corria pela densa mata, aprendendo como interagir naquele ambiente, Mogli mostrava toda a sua adaptação, porém, insuficiente para vencer a pantera negra que o perseguia. Nesse caso não se tratava de um inimigo, mas seu amigo, uma espécie de mentor e pai. Frustrado em ainda não conseguir ser tão ágil como os lobos aos quais tentava igualar, ao chegar em seu território é abraçado pela mãe e festejado pelos pequenos encantadores irmãozinhos lobos. A alcateia era liderada pelo bondoso e compreensivo macho alfa Akela.

Só que a seca havia chegado mais implacável naquele ano e quando todos aproveitavam a “trégua da água” ao redor da pequena reserva ainda existente o ameaçador Shere Khan se aproxima e descobre a existência do pequeno humano. Furioso ele faz uma ameaça e deixa todos os animais assustados até mesmo os lobos. Sem alternativa, Mogli se vê forçado a partir sob a escolta do sempre presente Bagheera. Nessa jornada de autoexílio ele irá descobrir suas origens e o verdadeiro significado de ser um “Menino Lobo“.

Uma história simples, no melhor estilo Disney, cumpre bem seu papel de divertir e deslumbrar com visuais caprichados, nunca antes vistos com tamanho apuro no cinema. A direção de Favreau é boa em muitos momentos mais frenéticos, mas não consegue dar aquela sensação de perigo que faria tudo parecer ainda mais verdadeiro. O jovem Neel Sethi, escolhido para protagonizar a obra, tem dificuldades em demonstrar suas emoções, conflitando com as situações a que é submetido. Ao final, Mogli: O Menino Lobo é um bom filme, mas não será um clássico imortal assim como as versões que o precederam.


Classificação 3 de 5

Uma frase: “Necessário, somente o necessário”

Uma curiosidade: O clássico desenho animado foi a última animação que teve a produção acompanhada por Walt Disney, que faleceu em dezembro de 1966.

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Mogli: O Menino Lobo (The Jungle Book)

Direção: Jon Favreau
Roteiro: Justin Marks e Rudyard Kipling
Elenco: Neel Sethi , Scarlett Johansson, Bill Murray, Idris Elba, Ben Kingsley
Gênero: Aventura, Fantasia.
Ano: 2016
Duração: 1h 51min

Bill Power

Gosto de tratar sobre diversos temas que me trazem prazer e felicidade, não me prendo a conceitos e opiniões preestabelecidas por uma maioria, exceto amar bacon!

3 comentários sobre “Crítica | Mogli: O Menino Lobo

  1. ótimo filme, uma versão mais sombria que a original, a computação gráfica é perfeita nem parecia que os animais não eram reais, muito bom mesmo!

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