Crítica | Irmãs (Sisters)

Crítica | Irmãs (Sisters)

Logo na cena inicial do filme “Irmãs” já é mostrado a personalidade das protagonistas. Maura Ellis (Amy Poehler) está sempre tentando ajudar os outros achando que eles precisam. Enquanto Kate (Tina Fey) atende um cliente em casa de maneira informal, mostrando um pouco do reflexo da sua própria vida. Elas são irmãs e vão se encontrar em sua cidade natal porque seus pais vão vender a casa.

Agora a cena que melhor define o filme é uma em que as irmãs resolvem fazer uma última festa na casa dos pais antes que ela seja entreguem. Elas resolvem chamar os antigos colegas da época do colégio. Imaginem como seria uma “festa adolescente” protagonizada por adultos. Um casal já chega com uma criança, que é proibida de entrar. Já as conversas são sobre os problemas da vida adulta. Ou seja, uma festa nada animada e que obviamente não lembra em nada a época em que elas eram jovens.

O filme toca em questões interessantes como amadurecer, não saber envelhecer (algo parecido com “Heróis de Ressaca”), a relação entre pais e filhos, o que é ser adulto, entre outros. Isso com muito bom humor, é claro, afinal de contas é uma comédia. Na maior parte do tempo as piadas funcionam, apesar de às vezes exagerar um pouco no humor físico e de gosto duvidoso. Como não podia deixar de ser, existem diversas referências da cultura pop, principalmente da época em que as personagens eram jovens.

O roteiro de Paula Pell consegue equilibrar bem o lado cômico com algumas doses de drama familiar. O melhor do filme é a relação entre as irmãs. Enquanto uma é certinha a outra é doidinha. Então elas terão que trocar os papéis e dessa forma irão tentar entender o lado da outra. Apesar do clichê a história funciona muito bem. Principalmente em criar situações engraçadas.

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Aí entra o trabalho das atrizes Tina Fey e Amy Poehler. Elas já têm bastante experiência em trabalhar juntas desde os tempos do Saturday Night Live. Então é fácil perceber a química entre as duas. Além de serem bastante carismáticas. O filme conta com diversas participações do elenco do programa humorístico, tanto da época dela quanto da versão atual.

O diretor Jason Moore mostra que sabe captar bem o universo feminino, já que tem experiência com elas adquirida no filme “A Escolha Perfeita”. E sabe mostrar bem o lado cômico e divertido delas. Só que aqui com um grupo um pouco mais experiente e com um pouco mais de idade.

No final o filme consegue resolver bem os conflitos das personagens de maneira satisfatória com leves toques um pouco emotivos, mas nada muito melodramático. Tem uma frase interessante que fala que a casa é apenas uma construção, já o lar é o sentimento. Quem saiu da casa dos pais e não tem mais o antigo quarto com suas coisas vai se identificar mais com a história e com a mensagem. A casa pode ser vendida, mas os sentimentos ficam. É sempre bom lembrar dessas memórias, sejam boas ou ruins. E claro, dar boas risadas.


 

*** Classificação ***


 

irmas-cartazTítulo Original: Sisters (EUA, 2015)
Com: Tina Fey, Amy Poehler, Maya Rudolph, Ike Barinholtz, Dianne Wiest, James Brolin, John Cena, Madison Davenport, John Leguizamo, Bobby Moynihan
Direção: Jason Moore
Roteiro: Paula Pell
Duração: 118 minutos

Ramon Prates

Analista de sistemas nascido em Salvador (BA) em 1980, mas atualmente morando em Brasília (DF). Cinema é sem dúvidas o meu hobby favorito. Assisto a filmes desde pequeno influenciado principalmente por meus pais e meu avô materno. Em seguida vem a música, principalmente rock e pop.

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